É bucho ou bucha?
A minha “secretária”, é uma senhora se aproximando dos sessenta anos, porém com uma disposição de trinta e uma alegria que contagia a todos que a cerca, aproveitou o horário do almoço para nos contar outra das inúmeras façanhas de sua vida.
Sem medo de ser feliz, Dona Fidelina encara com coragem qualquer tipo de obstáculo que, teimosamente, surge em sua vida difícil.
- Pois é patrão, ontem eu comi uma buchada que foi de lamber os “beiços”.
- Isso é muito bom e deve ter ficado uma delícia. Precisamos fazer uma buchada qualquer dia desses.
Realmente eu sou “chegado” numa buchada, principalmente se tiver um feijão branco com carne seca e só de pensar “naquela” buchada que ela falava com tanto gosto eu já insalivava.
- Como a senhora preparou a “sua” buchada?
- Eu não misturei muita coisa, só coloquei cebola, alho e refoguei.
- Refogado?
- É, refogado. A gente corta em pedaços pequenos e leva pra panela. Fica muito bom.
Confesso que fiquei surpreso, pois nunca havia comido uma buchada daquele jeito, refogada, pois o bucho precisa de um bom cozimento, pois caso contrário não há quem coma.
- Explica-me uma coisa: Essa buchada não precisa de mais tempo de panela?
- Ah! não. Ela é fresquinha, mole, fácil de fazer.
Olhei para minha esposa e ficamos sem entender nada, pois aquela buchada da Dona Fidelina era inédita para nós, desconhecida e olhem que eu não me aperto na frente de um fogão e buchada já fiz de vários modos: com molho, alho e óleo e assada, mas somente refogada, era uma novidade.
A conversa sobre a “tal” buchada foi se esticando no transcorrer do almoço e entre uma garfada e outra a Dona Fidelina foi falando dos seus dotes culinários, alguns até então desconhecidos.
- Até agora a senhora falou desta buchada, mas não disse onde comprou, se foi no supermercado ou em outro lugar.
- Eu não comprei nada, patrão. O supermercado não vende. A gente encontra por aí.
-Se até àquela hora eu estava curioso com o método usado para fazer a buchada, agora eu ficava mais ainda, pois queria descobrir sua origem.
- Como a gente encontra por aí?
- Pois é: eu saio com o Afonso pela redondeza e vamos apanhando as mais novinhas. Esta semana enchemos uma sacola.
- Espera aí: a senhora está falando do quê? De bucho ou bucha?
- É claro que estou falando de bucha, patrão.
Daí pra frente foi só risada e eu, na brincadeira, disse:
- Por isso que a minha bucha de banho está diminuindo.
A minha “secretária”, é uma senhora se aproximando dos sessenta anos, porém com uma disposição de trinta e uma alegria que contagia a todos que a cerca, aproveitou o horário do almoço para nos contar outra das inúmeras façanhas de sua vida.
Sem medo de ser feliz, Dona Fidelina encara com coragem qualquer tipo de obstáculo que, teimosamente, surge em sua vida difícil.
- Pois é patrão, ontem eu comi uma buchada que foi de lamber os “beiços”.
- Isso é muito bom e deve ter ficado uma delícia. Precisamos fazer uma buchada qualquer dia desses.
Realmente eu sou “chegado” numa buchada, principalmente se tiver um feijão branco com carne seca e só de pensar “naquela” buchada que ela falava com tanto gosto eu já insalivava.
- Como a senhora preparou a “sua” buchada?
- Eu não misturei muita coisa, só coloquei cebola, alho e refoguei.
- Refogado?
- É, refogado. A gente corta em pedaços pequenos e leva pra panela. Fica muito bom.
Confesso que fiquei surpreso, pois nunca havia comido uma buchada daquele jeito, refogada, pois o bucho precisa de um bom cozimento, pois caso contrário não há quem coma.
- Explica-me uma coisa: Essa buchada não precisa de mais tempo de panela?
- Ah! não. Ela é fresquinha, mole, fácil de fazer.
Olhei para minha esposa e ficamos sem entender nada, pois aquela buchada da Dona Fidelina era inédita para nós, desconhecida e olhem que eu não me aperto na frente de um fogão e buchada já fiz de vários modos: com molho, alho e óleo e assada, mas somente refogada, era uma novidade.
A conversa sobre a “tal” buchada foi se esticando no transcorrer do almoço e entre uma garfada e outra a Dona Fidelina foi falando dos seus dotes culinários, alguns até então desconhecidos.
- Até agora a senhora falou desta buchada, mas não disse onde comprou, se foi no supermercado ou em outro lugar.
- Eu não comprei nada, patrão. O supermercado não vende. A gente encontra por aí.
-Se até àquela hora eu estava curioso com o método usado para fazer a buchada, agora eu ficava mais ainda, pois queria descobrir sua origem.
- Como a gente encontra por aí?
- Pois é: eu saio com o Afonso pela redondeza e vamos apanhando as mais novinhas. Esta semana enchemos uma sacola.
- Espera aí: a senhora está falando do quê? De bucho ou bucha?
- É claro que estou falando de bucha, patrão.
Daí pra frente foi só risada e eu, na brincadeira, disse:
- Por isso que a minha bucha de banho está diminuindo.