TIRO NA MOSCA...
Muitos de nossos leitores tiveram o prazer de conhecer o senhor Pedro Ambrósio, que, durante muitos anos, trabalhou como Fiscal de Obras da Prefeitura Municipal, função em que se aposentou aos 70 anos, vendendo saúde.
Sempre que encontrávamos o senhor Pedro, dizíamos que ele era como aroeira: envergava, mas não caía – e a prova disto foi a idade em que partiu para a eternidade: 96 anos.
Um dia desses, estávamos jogando um pouco de conversa fora com o amigo Paulo Ambrósio e ele nos contou uma das inúmeras histórias vividas pelo seu saudoso pai e que acredita fielmente sejam todas elas verdadeiras.
Logo após a 2ª Guerra Mundial, cuja data ele não soube precisar, “seu” Pedro, que residia na cidade de Assis, veio morar em Paraguaçu Paulista, pois havia sido contratado pela 4ª Zona Aérea para trabalhar nos serviços de terraplenagem do antigo aeroporto.
Naquela época, os proprietários de serrarias na cidade tinham grande influência política nos destinos do município e, com a escassez de madeira, na região, eram obrigados a buscá-las em terras mais distantes; na verdade, o nosso personagem trabalhava na construção de estradas, que facilitassem o transporte de madeira.
Certa vez, quando descansava à beira do Paranapanema, “seu” Pedro viu uma enorme capivara “dando sopa” nas margens do outro lado do rio e pensou rápido:
– Vou matar essa “bichona” e levar a carne para o pessoal comer lá em Paraguassu.
Como ele sempre carregava consigo uma velha espingarda “Flaubeir”, calibre 40, fez mira e mandou bala em direção da capivara, porém no momento em que acionava o gatilho, um enorme dourado resolveu dar um salto ornamental sobre as límpidas águas do “Panema” e acabou sendo atingido. Para surpresa do atirador, o tiro transfixou o dourado e acabou acertando também a enorme capivara, que caiu ao solo sem vida.
Satisfeito com a “baita” sorte, o pescador/caçador apanhou o “bote” e partiu rumo às duas caças, comemorando o grande feito: pescou e caçou ao mesmo tempo.
Já do outro lado do rio, “seu” Pedro saiu em busca de um local para amarrar o “bote”, quando notou que, defronte o local onde a capivara estava caída, havia um tronco velho de árvore; porém, no momento em que foi amarrar a corda, percebeu que ele estava cheio de alvoroçadas abelhas jataí, as quais, pouco antes, tiveram sua colmeia destruída pelo projétil saído da arma de sua arma – afinal, a bala, depois de abater o dourado e a capivara, destruíra o velho tronco.
Era muito para o “grande atirador”, pois, além da caça e da pesca, ele ainda levava para casa de um litro do saboroso mel de jataí.
Durante anos, “seu” Pedro contou esta história e, pelo jeito, somente o seu filho Paulo Ambrósio acreditou
Muitos de nossos leitores tiveram o prazer de conhecer o senhor Pedro Ambrósio, que, durante muitos anos, trabalhou como Fiscal de Obras da Prefeitura Municipal, função em que se aposentou aos 70 anos, vendendo saúde.
Sempre que encontrávamos o senhor Pedro, dizíamos que ele era como aroeira: envergava, mas não caía – e a prova disto foi a idade em que partiu para a eternidade: 96 anos.
Um dia desses, estávamos jogando um pouco de conversa fora com o amigo Paulo Ambrósio e ele nos contou uma das inúmeras histórias vividas pelo seu saudoso pai e que acredita fielmente sejam todas elas verdadeiras.
Logo após a 2ª Guerra Mundial, cuja data ele não soube precisar, “seu” Pedro, que residia na cidade de Assis, veio morar em Paraguaçu Paulista, pois havia sido contratado pela 4ª Zona Aérea para trabalhar nos serviços de terraplenagem do antigo aeroporto.
Naquela época, os proprietários de serrarias na cidade tinham grande influência política nos destinos do município e, com a escassez de madeira, na região, eram obrigados a buscá-las em terras mais distantes; na verdade, o nosso personagem trabalhava na construção de estradas, que facilitassem o transporte de madeira.
Certa vez, quando descansava à beira do Paranapanema, “seu” Pedro viu uma enorme capivara “dando sopa” nas margens do outro lado do rio e pensou rápido:
– Vou matar essa “bichona” e levar a carne para o pessoal comer lá em Paraguassu.
Como ele sempre carregava consigo uma velha espingarda “Flaubeir”, calibre 40, fez mira e mandou bala em direção da capivara, porém no momento em que acionava o gatilho, um enorme dourado resolveu dar um salto ornamental sobre as límpidas águas do “Panema” e acabou sendo atingido. Para surpresa do atirador, o tiro transfixou o dourado e acabou acertando também a enorme capivara, que caiu ao solo sem vida.
Satisfeito com a “baita” sorte, o pescador/caçador apanhou o “bote” e partiu rumo às duas caças, comemorando o grande feito: pescou e caçou ao mesmo tempo.
Já do outro lado do rio, “seu” Pedro saiu em busca de um local para amarrar o “bote”, quando notou que, defronte o local onde a capivara estava caída, havia um tronco velho de árvore; porém, no momento em que foi amarrar a corda, percebeu que ele estava cheio de alvoroçadas abelhas jataí, as quais, pouco antes, tiveram sua colmeia destruída pelo projétil saído da arma de sua arma – afinal, a bala, depois de abater o dourado e a capivara, destruíra o velho tronco.
Era muito para o “grande atirador”, pois, além da caça e da pesca, ele ainda levava para casa de um litro do saboroso mel de jataí.
Durante anos, “seu” Pedro contou esta história e, pelo jeito, somente o seu filho Paulo Ambrósio acreditou