O JOGO DE FINCA
O JOGO DE FINCA
Esse vem lá dos recônditos de minha infância. Basta passar uma chuvarada principalmente as de madrugada que ao surgir à manhã orquestrada por um lindo sol, que a gurizada caia de casa cada um com sua “finca”, uma haste de metal com uma das pontas afiada a fim de penetrar a terra molhada.
As regras básicas são negociadas ao inicio do jogo e podem ser disputadas agachados aos novatos e wm pé aos veteranos.
Nos locais onde a água é sugada pela terra fica uma camada macia com resistência suficiente para aceitar a “finca” e deixa-la em pé.
Surge até apostas, aquela bolinha de “gude” contra o seu pião ou a caixa de engraxate contra o aro com o gancho guia ou as figurinhas repetidas . Tudo servia para as apostas.
Havia no inocente brinquedo um risco uma pedra ocultada por debaixo da terra poderia ricochetear a “finca” e desvia-la para o rosto de algum garoto. Se falava que fulano cegara com essa brincadeira, excesso de zelo de mães preocupadas.
Fazia-se um triangulo desenhado na terra e cada jogador, até três começa a contenda. Cada um utilizando uma ponta do triangulo, consiste em jogar a “finca” e puxar um risco até o local e os outros jogadores fazem o mesmo tentando cada um cercar o outro até que o nível de dificuldade da cerca não permite que os outros contendores consigam sair do cerco, só vale progredir em linha reta.
Quando não tem mais saída o que cercou o jogo atira a “finca” no centro do triangulo fazendo um risco da última linha ao centro da mesma.
Havia os campeões mais eles eram preteridos de participar das partidas ou quando muito jogar com a mão contraria, ou seja, se era destro jogava com a mão direita e se não com a mão cega, à esquerda.
Difícil de explicar muito barato participar.
Goiânia, 12 de dezembro de 2009.