Isso aconteceu há muito tempo num pequeno povoado do agreste paraibano. É uma história de um cabra muito preguiçoso conhecido por Mané. Ele era um sujeito simpático, bonachão, não fazia mal a uma cocada que comia. Mas tinha um grave defeito: gemia de preguiça.
Quem passava em frente a sua casa, o via deitado numa rede em pleno meio dia: chapéu cobrindo a cara, na vida que pediu a Deus. Só tinha duas coisas que o fazia se levantar daquela rede sem pestanejar. Mulher e forró.
O sujeito era enxerido de lascar o cano! Não podia ver um rabo de saia que ficava todo assanhado. Mesmo com toda preguiça, a mulherada caia na lábia dele. Parecia que o sujeito se banhava com mel de rapadura.
O cabra era arretado no forró, dançava de levantar a poeira. Mas não queria namorar moça séria, não sinhô, pois pensava nas futuras responsabilidades.
A mãe, Dona Binha, se aperreava, mas não tinha jeito, ele vinha com a mesma conversa manhosa de sempre:
-Ô mainha, não se aperreie não, o que tiver de ser meu vai cair aqui na minha rede. Deixe de besteira e venha coçar as minhas frieiras.
Dona Binha ficava arretada da vida!
Um dia ela sonhou que tinha uma botija enterrada no seu quintal . A noticia se espalhou, mas ninguém tinha coragem de desenterrar a botija com medo da alma do dono. Mas um cabra metido a brabo, riscador de faca, conhecido como “Zeca bafo de cascavé” se atreveu a desenterra-la. Invadiu o terreiro de dona Binha com mais dois capangas, cavaram até achar a botija. Ao desenterrá-la uma voz assustadora partiu do centro da terra;:
- você não é o escolhido!
- oxente! Mas quem disse que eu tenho medo de assombração? Apareça se for macho cabra! – disse Zeca, desembainhado a pexeira da cintura.
Ninguém respondeu. Então ele pegou um dos capangas pelo gogó e o fez abrir a botija. O cabra tremia mais que vara verde. Dentro da botija em vez de moedas de ouro havia um ninho de cobra cascavel e uma casa de maribondo. Zeca ficou tão brabo, mas tão brabo que parecia sair fumaça pelas ventas
- mas que véia safada e enganadeira! Vou jogar essa porqueira em riba do preguiçoso do filho dela pra ela aprender que com cabra macho não se mexe!
Zeca acordou assustado e deu um pulo da rede:
- vixe manhinha, que danado é isso!?
Dentro da rede havia milhares de moedas de ouro. Mane chama a mãe, mostra as moedas e diz:
- num falei manhinha?
O que tinha de ser meu caiu aqui na minha rede. Só que eu tô com preguiça danada de tirar esse dinheiro daí. Vá à feira e me compre outra rede.
Quem passava em frente a sua casa, o via deitado numa rede em pleno meio dia: chapéu cobrindo a cara, na vida que pediu a Deus. Só tinha duas coisas que o fazia se levantar daquela rede sem pestanejar. Mulher e forró.
O sujeito era enxerido de lascar o cano! Não podia ver um rabo de saia que ficava todo assanhado. Mesmo com toda preguiça, a mulherada caia na lábia dele. Parecia que o sujeito se banhava com mel de rapadura.
O cabra era arretado no forró, dançava de levantar a poeira. Mas não queria namorar moça séria, não sinhô, pois pensava nas futuras responsabilidades.
A mãe, Dona Binha, se aperreava, mas não tinha jeito, ele vinha com a mesma conversa manhosa de sempre:
-Ô mainha, não se aperreie não, o que tiver de ser meu vai cair aqui na minha rede. Deixe de besteira e venha coçar as minhas frieiras.
Dona Binha ficava arretada da vida!
Um dia ela sonhou que tinha uma botija enterrada no seu quintal . A noticia se espalhou, mas ninguém tinha coragem de desenterrar a botija com medo da alma do dono. Mas um cabra metido a brabo, riscador de faca, conhecido como “Zeca bafo de cascavé” se atreveu a desenterra-la. Invadiu o terreiro de dona Binha com mais dois capangas, cavaram até achar a botija. Ao desenterrá-la uma voz assustadora partiu do centro da terra;:
- você não é o escolhido!
- oxente! Mas quem disse que eu tenho medo de assombração? Apareça se for macho cabra! – disse Zeca, desembainhado a pexeira da cintura.
Ninguém respondeu. Então ele pegou um dos capangas pelo gogó e o fez abrir a botija. O cabra tremia mais que vara verde. Dentro da botija em vez de moedas de ouro havia um ninho de cobra cascavel e uma casa de maribondo. Zeca ficou tão brabo, mas tão brabo que parecia sair fumaça pelas ventas
- mas que véia safada e enganadeira! Vou jogar essa porqueira em riba do preguiçoso do filho dela pra ela aprender que com cabra macho não se mexe!
Zeca acordou assustado e deu um pulo da rede:
- vixe manhinha, que danado é isso!?
Dentro da rede havia milhares de moedas de ouro. Mane chama a mãe, mostra as moedas e diz:
- num falei manhinha?
O que tinha de ser meu caiu aqui na minha rede. Só que eu tô com preguiça danada de tirar esse dinheiro daí. Vá à feira e me compre outra rede.