Velóro... Doce Velório!
05/11/2009
Essa é fresquinha, caiu do céu...
É hilária esta história, parece que foi, “rebuscadamente”, inventada.
Quem me contou, contou a grossos modos e jurou de pés juntos de que ia verdadeira.
“Acreditei” e vou contá-la, é lógico, colocando algo aqui, algo ali...
...............................................................................................
Corre o ano da graça: l976
E este amigo, cujo nome pediu sigilo, contou essa história que, até então, achei impossível.
Imaginem que ele e mais dois amigos, na época, cursando o Colégio Agrícola, saiam nas noites de sábado com o horário determinado para voltar: 22 horas!
É claro que três jovens, vendendo saúde, nunca iriam retornar naquele horário, principalmente se aquela noite prometesse.
Final de semana e lá foram eles...
Primeiro: algumas volta na praça, pois uma paquera sempre é necessária, depois, viria os finalmente.
A hora vai passando e eles com um olho no relógio e outro na paquera, ficavam na maior curtição, pois afinal eram jovens e com muita saúde pra dá e vender.
O tempo passou, se esgotou prazo para retornar e aí eles ficaram no mundo sem lenço e sem documento.
- E agora? Como vamos voltar para o Colégio se as portas estão trancadas?
Que dilema.
Se dessem “banda” pelas ruas da cidade, logo, logo a perua Kombi da Polícia os localizaria e daí a história seria outra.
- Vamos pensar: Deve haver uma saída.
- Já sei!
- Vamos procurar um velório na cidade e lá passaremos a noite.
E assim foi feito.
Saíram pelas ruas procurando um velório e, por sorte, havia um falecido fresquinho e eles não demoraram muito para encontrá-lo.
Nessas alturas passava da meia noite e os três, meio ressabiados, chegaram até a porta da casa, cumprimentaram alguns gatos pingados que se encontravam na sala e entraram.
Ah! ... Esqueci de dizer que naquela época em cidades pequenas, o velório era feito em casa, pois não havia um local adequado.
Quando entraram, os presentes, não muitos, olharam com o olhar interrogativo: - “O que é que o defunto tinha a ver com esses três jovens desconhecidos”?
È óbvio que eles, de imediato, percebiam aqueles olhares, mas para quem está na chuva tem que se molhar, eles conseguiam dar a volta por cima, e olha, com louvor.
E assim, por muito tempo eles usaram o velório como válvula de escape para quando não podiam retornar a tempo.
Os velórios eram divididos em três classes: pobres, menos pobres e ricos.
Quando era de pobre... era um Deus nos acuda, pois nem bem passava da meia noite os homens iam parra o fundo tomar cachaça, jogar truco... Enfim: beber o defunto!
Quando era menos pobre, já tinha um cafezinho e até um pãozinho com manteiga.
Agora, quando era de rico, tinha até as mulheres especializadas para chorar...
Todos queriam sair na foto, pois todos queriam ser amigos do falecido.
Voltando ao trio, eles torciam para que o falecido fosse rico. E sabem porque?
Por que o lanche era tudo. Uma fartura.
Os três comiam de regalar os olhos.
O tempo passou e os três amigos tomaram rumos diferentes, mas um deles, continua até hoje usando o velório como local de descanso.
Acreditem!
Juro pelo que há de mais sagrado: é verdade!
Ele teve a cara de pau de dizer que certo dia o carro teve um “probleminha” e ele estava de viajem com a família e era tarde da noite.
- Rapaz a sorte brilhou novamente, pois bem pertinho dali tinha o Velório Municipal: não deu outra – peguei a mulher e o filho e fomos para lá e por sorte havia “morrido” alguém rico.
Passamos a noite muito bem, melhor que ficar no carro, quebrado, pois lá fizemos os nossos asseios pessoais, tomamos “aquele cafezinho”, lachamos, tiramos uma “sonequinha” e quando amanheceu, tomamos nosso rumo, pois o carro estava consertado e tínhamos muito chão para andar.
Fiquei sem, ação, pasmo, sem palavras.
Mas ainda tinha coisa prá vir:
- Ah! Quando você estiver viajando e tiver que pernoitar, procure um velório, pois lá você é bem tratado, fica sabendo de muitas fofocas da cidade (cada cabeluda) e ainda pode dormir no estacionamento com toda segurança, com direito de ter alguém para chamá-lo na hora certa.
- Basta dizer que você terá que ir buscar alguém.
Ele se foi e eu, fiquei aqui: Dormindo com essa!
05/11/2009
Essa é fresquinha, caiu do céu...
É hilária esta história, parece que foi, “rebuscadamente”, inventada.
Quem me contou, contou a grossos modos e jurou de pés juntos de que ia verdadeira.
“Acreditei” e vou contá-la, é lógico, colocando algo aqui, algo ali...
...............................................................................................
Corre o ano da graça: l976
E este amigo, cujo nome pediu sigilo, contou essa história que, até então, achei impossível.
Imaginem que ele e mais dois amigos, na época, cursando o Colégio Agrícola, saiam nas noites de sábado com o horário determinado para voltar: 22 horas!
É claro que três jovens, vendendo saúde, nunca iriam retornar naquele horário, principalmente se aquela noite prometesse.
Final de semana e lá foram eles...
Primeiro: algumas volta na praça, pois uma paquera sempre é necessária, depois, viria os finalmente.
A hora vai passando e eles com um olho no relógio e outro na paquera, ficavam na maior curtição, pois afinal eram jovens e com muita saúde pra dá e vender.
O tempo passou, se esgotou prazo para retornar e aí eles ficaram no mundo sem lenço e sem documento.
- E agora? Como vamos voltar para o Colégio se as portas estão trancadas?
Que dilema.
Se dessem “banda” pelas ruas da cidade, logo, logo a perua Kombi da Polícia os localizaria e daí a história seria outra.
- Vamos pensar: Deve haver uma saída.
- Já sei!
- Vamos procurar um velório na cidade e lá passaremos a noite.
E assim foi feito.
Saíram pelas ruas procurando um velório e, por sorte, havia um falecido fresquinho e eles não demoraram muito para encontrá-lo.
Nessas alturas passava da meia noite e os três, meio ressabiados, chegaram até a porta da casa, cumprimentaram alguns gatos pingados que se encontravam na sala e entraram.
Ah! ... Esqueci de dizer que naquela época em cidades pequenas, o velório era feito em casa, pois não havia um local adequado.
Quando entraram, os presentes, não muitos, olharam com o olhar interrogativo: - “O que é que o defunto tinha a ver com esses três jovens desconhecidos”?
È óbvio que eles, de imediato, percebiam aqueles olhares, mas para quem está na chuva tem que se molhar, eles conseguiam dar a volta por cima, e olha, com louvor.
E assim, por muito tempo eles usaram o velório como válvula de escape para quando não podiam retornar a tempo.
Os velórios eram divididos em três classes: pobres, menos pobres e ricos.
Quando era de pobre... era um Deus nos acuda, pois nem bem passava da meia noite os homens iam parra o fundo tomar cachaça, jogar truco... Enfim: beber o defunto!
Quando era menos pobre, já tinha um cafezinho e até um pãozinho com manteiga.
Agora, quando era de rico, tinha até as mulheres especializadas para chorar...
Todos queriam sair na foto, pois todos queriam ser amigos do falecido.
Voltando ao trio, eles torciam para que o falecido fosse rico. E sabem porque?
Por que o lanche era tudo. Uma fartura.
Os três comiam de regalar os olhos.
O tempo passou e os três amigos tomaram rumos diferentes, mas um deles, continua até hoje usando o velório como local de descanso.
Acreditem!
Juro pelo que há de mais sagrado: é verdade!
Ele teve a cara de pau de dizer que certo dia o carro teve um “probleminha” e ele estava de viajem com a família e era tarde da noite.
- Rapaz a sorte brilhou novamente, pois bem pertinho dali tinha o Velório Municipal: não deu outra – peguei a mulher e o filho e fomos para lá e por sorte havia “morrido” alguém rico.
Passamos a noite muito bem, melhor que ficar no carro, quebrado, pois lá fizemos os nossos asseios pessoais, tomamos “aquele cafezinho”, lachamos, tiramos uma “sonequinha” e quando amanheceu, tomamos nosso rumo, pois o carro estava consertado e tínhamos muito chão para andar.
Fiquei sem, ação, pasmo, sem palavras.
Mas ainda tinha coisa prá vir:
- Ah! Quando você estiver viajando e tiver que pernoitar, procure um velório, pois lá você é bem tratado, fica sabendo de muitas fofocas da cidade (cada cabeluda) e ainda pode dormir no estacionamento com toda segurança, com direito de ter alguém para chamá-lo na hora certa.
- Basta dizer que você terá que ir buscar alguém.
Ele se foi e eu, fiquei aqui: Dormindo com essa!