PESCA PROIBIDA
Estávamos na cidade São Manoel acompanhando nosso filho, que participativa de um torneio de Tênis de Campo, quando tivemos a oportunidade de reencontrar alguns amigos que lá se encontravam com o mesmo objetivo.
Parece incrível, mas até parecia que o nosso grupo participava de um disputadíssimo campeonato de causos ocorridos entre os presentes, ou seja: vencia quem contasse o mais absurdo.
Contaram-nos alguns casos tão cabeludos que o personagem da figura que ilustra a coluna Durma com essa levantaria da rede e iria embora, caso publicássemos; contudo, um deles chamou a atenção, pela insistência do amigo Davi dos Santos Alves, que a todo custo queria que acreditássemos na sua história.
Davi conta que o fato aconteceu no Rio Benjamim, um braço do Tietê, município de São Manoel, envolvendo um amigo seu, de nome Manoel Carlos Ardejo, e seu pai, José Ardejo, quando ambos realizavam uma pescaria. Sabemos que, quando se trata de história de pescador, tudo é possível e impossível – e foi o que aconteceu.
A “verdade” é que pai e filho tiveram, segundo Davi, um dia inesquecível em suas vidas, já que a dita cuja pescaria deu muito que falar. Após “bater” toda a margem do rio Benjamim e não pescarem um lambari sequer, para justificar tanto sacrifício, “seu” José insistia para que o filho acatasse o dito popular de que “o dia não estava para peixe” e que retornassem para suas casas.
Teimoso, Manoel sempre respondia:
– Tenha calma, papai! Logo vamos puxar um “bitelo”.
Com essa conversa, o filho ia levando o velho no bico, até que, em determinada hora, este, já de saco cheio, chutou a latinha de minhocas. Foi um Deus nos acuda, com Manoel se esticando todo no barranco, tentando salvar algumas iscas para prosseguir a fracassada pecaria.
– Me desculpe filho, eu não vi a latinha!
O respeito pelo pai fez com que o rapaz engolisse a resposta, tendo, por sorte, ainda “salvo” cerca de meia dúzia de minhocas.
– Desta vez o senhor vai ver, vou puxar o maior de todos. Podes crer!
Incansável, escolheu a minhoca maior, iscou e, quando foi realizar o arremesso, sentiu um tremendo de um tranco.
Pasmem! Manoel havia fisgado uma garça que sobrevoava sobre sua cabeça e a arremessou para dentro do rio, levando a ave fisgada a ficar se debatendo dentro d’água.
Foi aquela correria, porque a agitação da ave despertou o apetite de um jacaré, que, com agilidade, almoçou a garça, mas acabou fisgado por Manoel, que só teve o trabalho de puxar o bicho para fora d’água e depois abatê-lo.
Quando chegaram à cidade e contaram a história da origem daquele jacaré, ninguém acreditou, porém os dois, até hoje, juram de pés de junto que o causo é verídico.
Será?
Estávamos na cidade São Manoel acompanhando nosso filho, que participativa de um torneio de Tênis de Campo, quando tivemos a oportunidade de reencontrar alguns amigos que lá se encontravam com o mesmo objetivo.
Parece incrível, mas até parecia que o nosso grupo participava de um disputadíssimo campeonato de causos ocorridos entre os presentes, ou seja: vencia quem contasse o mais absurdo.
Contaram-nos alguns casos tão cabeludos que o personagem da figura que ilustra a coluna Durma com essa levantaria da rede e iria embora, caso publicássemos; contudo, um deles chamou a atenção, pela insistência do amigo Davi dos Santos Alves, que a todo custo queria que acreditássemos na sua história.
Davi conta que o fato aconteceu no Rio Benjamim, um braço do Tietê, município de São Manoel, envolvendo um amigo seu, de nome Manoel Carlos Ardejo, e seu pai, José Ardejo, quando ambos realizavam uma pescaria. Sabemos que, quando se trata de história de pescador, tudo é possível e impossível – e foi o que aconteceu.
A “verdade” é que pai e filho tiveram, segundo Davi, um dia inesquecível em suas vidas, já que a dita cuja pescaria deu muito que falar. Após “bater” toda a margem do rio Benjamim e não pescarem um lambari sequer, para justificar tanto sacrifício, “seu” José insistia para que o filho acatasse o dito popular de que “o dia não estava para peixe” e que retornassem para suas casas.
Teimoso, Manoel sempre respondia:
– Tenha calma, papai! Logo vamos puxar um “bitelo”.
Com essa conversa, o filho ia levando o velho no bico, até que, em determinada hora, este, já de saco cheio, chutou a latinha de minhocas. Foi um Deus nos acuda, com Manoel se esticando todo no barranco, tentando salvar algumas iscas para prosseguir a fracassada pecaria.
– Me desculpe filho, eu não vi a latinha!
O respeito pelo pai fez com que o rapaz engolisse a resposta, tendo, por sorte, ainda “salvo” cerca de meia dúzia de minhocas.
– Desta vez o senhor vai ver, vou puxar o maior de todos. Podes crer!
Incansável, escolheu a minhoca maior, iscou e, quando foi realizar o arremesso, sentiu um tremendo de um tranco.
Pasmem! Manoel havia fisgado uma garça que sobrevoava sobre sua cabeça e a arremessou para dentro do rio, levando a ave fisgada a ficar se debatendo dentro d’água.
Foi aquela correria, porque a agitação da ave despertou o apetite de um jacaré, que, com agilidade, almoçou a garça, mas acabou fisgado por Manoel, que só teve o trabalho de puxar o bicho para fora d’água e depois abatê-lo.
Quando chegaram à cidade e contaram a história da origem daquele jacaré, ninguém acreditou, porém os dois, até hoje, juram de pés de junto que o causo é verídico.
Será?