ESTRANHA SIMPATIA
Graças a sua imensa área territorial, o Brasil possui as mais variadas tradições, folclores, crendices... Advinda dessa mistura, tivemos a oportunidade de ouvir, um dia desses, as receitas para acabar com a bronquite.
Recentemente, recebemos a visita de duas amigas, uma das quais sofre constantemente de fortes crises de bronquite, que a incomodam muito. É claro que ela vive à procura de alguma simpatia, de uma receita milagrosa para acabar de vez com esse mal, para ela hereditário, já que seu saudoso pai sofreu, durante anos com a mesma doença, tendo sido curado graças a uma estranha simpatia, que ela jamais se atreveria a fazer. Com a conhecida calma mineira, ela foi, passo a passo, nos descrevendo duas das inúmeras simpatias que sua mãe fez, para curar o seu pai.
A primeira simpatia consistia em torrar três bicos de anu preto, moê-los e misturar o pó no vinho branco, que o “cliente” fosse beber. Menos mal.
A segunda simpatia era mais complicada, arrepiante, diríamos até que era macabra, pois era necessário o uso de três “ratinhos caseiros”, que depois de sacrificados, seriam cozidos numa água doce, a qual o “paciente” teria que beber.
Os ratos foram encontrados, depois cozidos e a água do cozimento guardada, à espera do momento certo para ser usada – mas qual seria esse momento?
Como seu pai levantava pela manhã para fazer o café, sua mãe se antecipou, levantando mais cedo para preparar o café milagroso.
– Como perdi o sono, levantei mais cedo e “passei o café”. Beba logo, antes que esfrie – disse sua mãe.
O velho bebeu, porém ficou insistindo para que sua companheira lhe fizesse companhia. Foram momentos de pesadelo para a pobre senhora, que, com muito custo, conseguiu disfarçar e simular saborosos goles do café benzido.
– E o velho, sarou?
Esta seria a primeira de todas as perguntas. Sim, o velho se curou e nunca mais teve crises de bronquite, graças aos três ratinhos cozidos.
O tempo passou e aí está a nossa amiga com os mesmos problemas do pai, enfrentando, volta e meia, “boas crises” de bronquite e grandes pesadelos, principalmente quando sua mãe vem a Paraguaçu e insiste em fazer um cafezinho para ela tomar.
Graças a sua imensa área territorial, o Brasil possui as mais variadas tradições, folclores, crendices... Advinda dessa mistura, tivemos a oportunidade de ouvir, um dia desses, as receitas para acabar com a bronquite.
Recentemente, recebemos a visita de duas amigas, uma das quais sofre constantemente de fortes crises de bronquite, que a incomodam muito. É claro que ela vive à procura de alguma simpatia, de uma receita milagrosa para acabar de vez com esse mal, para ela hereditário, já que seu saudoso pai sofreu, durante anos com a mesma doença, tendo sido curado graças a uma estranha simpatia, que ela jamais se atreveria a fazer. Com a conhecida calma mineira, ela foi, passo a passo, nos descrevendo duas das inúmeras simpatias que sua mãe fez, para curar o seu pai.
A primeira simpatia consistia em torrar três bicos de anu preto, moê-los e misturar o pó no vinho branco, que o “cliente” fosse beber. Menos mal.
A segunda simpatia era mais complicada, arrepiante, diríamos até que era macabra, pois era necessário o uso de três “ratinhos caseiros”, que depois de sacrificados, seriam cozidos numa água doce, a qual o “paciente” teria que beber.
Os ratos foram encontrados, depois cozidos e a água do cozimento guardada, à espera do momento certo para ser usada – mas qual seria esse momento?
Como seu pai levantava pela manhã para fazer o café, sua mãe se antecipou, levantando mais cedo para preparar o café milagroso.
– Como perdi o sono, levantei mais cedo e “passei o café”. Beba logo, antes que esfrie – disse sua mãe.
O velho bebeu, porém ficou insistindo para que sua companheira lhe fizesse companhia. Foram momentos de pesadelo para a pobre senhora, que, com muito custo, conseguiu disfarçar e simular saborosos goles do café benzido.
– E o velho, sarou?
Esta seria a primeira de todas as perguntas. Sim, o velho se curou e nunca mais teve crises de bronquite, graças aos três ratinhos cozidos.
O tempo passou e aí está a nossa amiga com os mesmos problemas do pai, enfrentando, volta e meia, “boas crises” de bronquite e grandes pesadelos, principalmente quando sua mãe vem a Paraguaçu e insiste em fazer um cafezinho para ela tomar.