ESTA PAGO!!!
Creio que a maioria dos leitores já esteve no Velório Municipal, prestando as últimas homenagens a uma pessoa muito querida, de maneira que conhece muito bem todo o seu espaço físico.
Há algum tempo, estávamos no velório de um amigo e, como as dependências da Câmara Ardente se encontravam lotadas, nos acomodamos do lado de fora.
Parece incrível, mas todos falavam ao mesmo tempo, provocando aquele som característico e que, de certo modo, incomoda.
Um amigo que se encontrava sentado ao meu lado, conhecedor da coluna Durma com Essa, desfiou um rosário de casos, diria até folclóricos, sobre uma pessoa conhecidíssima na cidade, também nossa amiga. Todos eles eram interessantes, cômicos, e acabamos aproveitando um deles para esta edição.
Não foi difícil desenvolver um texto sobre o assunto, principalmente porque o nosso personagem, empresário conhecido como um verdadeiro “mão-de-vaca”, nos forneceu todos os subsídios para a confecção desta história.
Segundo o meu amigo Manoel, o fato aconteceu nas dependências desse mesmo velório, onde ele velava a morte de um amigo.
Num determinado momento, chegou o nosso personagem e, depois de circular pelas dependências do velório, dirigiu-se até onde se encontrava o livro de presença, onde registrou o seu nome.
Durante algum tempo, ele, inquieto, não tirava os olhos desse livro, acompanhando par e passo cada pessoa que nele registrava o nome, até que a curiosidade fez com que Manoel, muito brincalhão, por sinal, se aproximasse e lhe perguntasse:
– Parece que você está querendo saber o porquê de tanta gente assinando aquele livro, não é verdade?
– Rapaz, você acertou na mosca. Por que todo mundo está deixando o nome nele? – perguntou o nosso personagem.
– Não sei se é do seu conhecimento, todavia o falecido estava muito mal financeiramente e os amigos resolveram se cotizar para pagar pelo menos parte da sua dívida. Quem assinar o nome no livro participará do rateio – disse Manoel.
O nosso personagem ficou branco, verde, pálido, assumiu todas as cores do arco-íris, quando acabou de ouvir as justificativas de Manoel.
De repente começou a andar de um lado para outro, rodeando o livro, até que num determinado momento, aproximou-se do mesmo, escreveu alguma coisa e deixou o local.
Muitos ficaram curiosos e foram ver o que ele havia escrito. Será que havia deixado dinheiro para viúva? Será que havia assinado o nome e assinalado algum valor?
Nem um, nem outro. O “mão-de-vaca” simplesmente riscou o seu nome que já se encontrava no livro e, na frente, escreveu: PAGO!!!
Creio que a maioria dos leitores já esteve no Velório Municipal, prestando as últimas homenagens a uma pessoa muito querida, de maneira que conhece muito bem todo o seu espaço físico.
Há algum tempo, estávamos no velório de um amigo e, como as dependências da Câmara Ardente se encontravam lotadas, nos acomodamos do lado de fora.
Parece incrível, mas todos falavam ao mesmo tempo, provocando aquele som característico e que, de certo modo, incomoda.
Um amigo que se encontrava sentado ao meu lado, conhecedor da coluna Durma com Essa, desfiou um rosário de casos, diria até folclóricos, sobre uma pessoa conhecidíssima na cidade, também nossa amiga. Todos eles eram interessantes, cômicos, e acabamos aproveitando um deles para esta edição.
Não foi difícil desenvolver um texto sobre o assunto, principalmente porque o nosso personagem, empresário conhecido como um verdadeiro “mão-de-vaca”, nos forneceu todos os subsídios para a confecção desta história.
Segundo o meu amigo Manoel, o fato aconteceu nas dependências desse mesmo velório, onde ele velava a morte de um amigo.
Num determinado momento, chegou o nosso personagem e, depois de circular pelas dependências do velório, dirigiu-se até onde se encontrava o livro de presença, onde registrou o seu nome.
Durante algum tempo, ele, inquieto, não tirava os olhos desse livro, acompanhando par e passo cada pessoa que nele registrava o nome, até que a curiosidade fez com que Manoel, muito brincalhão, por sinal, se aproximasse e lhe perguntasse:
– Parece que você está querendo saber o porquê de tanta gente assinando aquele livro, não é verdade?
– Rapaz, você acertou na mosca. Por que todo mundo está deixando o nome nele? – perguntou o nosso personagem.
– Não sei se é do seu conhecimento, todavia o falecido estava muito mal financeiramente e os amigos resolveram se cotizar para pagar pelo menos parte da sua dívida. Quem assinar o nome no livro participará do rateio – disse Manoel.
O nosso personagem ficou branco, verde, pálido, assumiu todas as cores do arco-íris, quando acabou de ouvir as justificativas de Manoel.
De repente começou a andar de um lado para outro, rodeando o livro, até que num determinado momento, aproximou-se do mesmo, escreveu alguma coisa e deixou o local.
Muitos ficaram curiosos e foram ver o que ele havia escrito. Será que havia deixado dinheiro para viúva? Será que havia assinado o nome e assinalado algum valor?
Nem um, nem outro. O “mão-de-vaca” simplesmente riscou o seu nome que já se encontrava no livro e, na frente, escreveu: PAGO!!!