Olha o olho da Menina (Ziraldo)

faz tempo já eu recebi um PPS onde contava a história de Ziraldo sobre o crescimento da menina, achei uma graça e enviei para amigos com meu "causo" contado na página que seguiria em branco.

Um dos amigos guardou e agora mo enviou para ver se lembrava. Tá aí a pura verdade de um pedacinho da minha infância.

Quando eu era menina e fazia algo de errado, para que não repetisse, minha mãe falava “Ái que eu sonhe que tu voltaste a fazer isso”.

E eu claro, sempre fazia e quando acordava, a preocupação até meio da manhã, era olhar para ela e ver se ela havia sonhado.

Quando li a história de Ziraldo logo me veio à lembrança o tempo de crescer, de saber diferenciar entre a mentira e a verdade, entre o bom e o mau, porque aquilo que me era proibido fazer, para mim não era errado, era para os adultos, esses eram implacáveis com nossas traquinices que comparadas ás de hoje não passam de bobeirinhas.

Claro que não deixo de dar razão a minha mãe, em muitas coisas.

Eu era capaz de ir para o rio sem ela perceber, (rio fundo, largo, perigoso) de subir na mangueira e comer manga verde, de colocar na boquinha dos meus irmãos, purgante, ou de lhes dar a cheirar amoníaco, pelo prazer de rir, juro que nunca pensei que lhes pudesse fazer mal, era só pura diversão. Foram muito mais episódios que ela ainda agora não pode nem sonhar…

Li a história, lembrei, fica aqui registrado.

Paula Castanheira
Enviado por Paula Castanheira em 29/11/2009
Reeditado em 29/11/2009
Código do texto: T1951176