Cada qual com sua hora "H"
Verdade! Todo mundo tem sua hora “H”.
Vou contar a minha, ocorrida já há algum tempo atrás, aqui no interior de Minas.
Eu, meu melhor amigo José Victor – o grande Vitinho – assim o chamava sua mãe, dona Chiquita,– juntamente com sua então esposa Claudiana, a pequenina filha Amanda, hoje uma linda e inteligente moça, de olhos claros e Simone, irmã de Claudiana, fomos passear em Acaiaca na casa de seu tio chamado Tuffir, irmão de sua mãe dona Conceição. Acaiaca fica ao lado de Ponte Nova, cidade mais conhecida, até mesmo pela grande projeção tomada pelo mais ilustre filho da terra, o grande músico João Bosco.
Chegando lá, paramos na tia Dulce, outra da família, que exibia uma casa repleta de rapazes e moças, onde mais parecia que toda a gente bonita local, residia alí.
Jogamos bola, tomamos banho, almoçamos e partimos para um distrito próximo, onde o alvo mesmo era a fazendinha de tio Tuffir.
Alto, de um metro e oitenta pra um e noventa, magro, cabelo e bigode pretos, cinquentão, voz grave, simples, do tipo sério, circunspecto, Tuffir tratava a propriedade como sítio.
Esperto, casou-se com moça bem mais nova, Vaninha, da região, que tinha um terço de sua idade. Com dois filhos pequenos, lindos e puros, Jorginho e o Júnior, Tuffir levava uma vida modesta, saudável e acima de tudo, dentro dos rigores.
Conhecidos riacho e instalações, estávamos num papo vai e papo vem, à beira do fogão de lenha, espantando o frio, quando chega a noite e com sua esperteza, notando que a conversa começava a se arrastar, Vaninha tratou logo de preparar nosso aposento pra dormir.
Eu namorava com Claudinha e recém saídos de casamento que estávamos - cada um do seu - já esfregávamos as mãos, sonhando com aquele momento de troca de juras mais sinceras e o romântico acordar com boi mugindo, quando na hora "H", pra surpresa nossa, Tuffir ordenou a esposa pra forrar cama em aposentos separados.
Virei pra Claudinha: o que? Será que...
Isso mesmo, entrou Tuffir.
Aquí em casa, só dorme junto, casal de papel passado".
Eh!!! De sorriso amarelo, peguei a mochila e fui pro meu quarto.
Dureza Tuffir! E põe dureza nisso, pensei.
Já no domingo seguinte – dorme-se cedo, acorda-se cedo – estávamos tomando um cafezinho” daqueles”, torrado na hora e passado no coador de pano, saboreando um queijinho. de produção própria, quando chegou o capataz Zizico do Zé Quintino, trazendo uma boa nova. Com ela, trazia também a sua hora "H":
-Bom dia gente. Bom dia sô Tuffir.
-sô Tuffir, óia que nessa madrugada, Marquesa pariu mais uma vez.
-É mesmo Zizico? E aí?
-Uma bezerrinha graúda que só vendo.
-Óh xente, vamo batizá logo, homem. Que nome ocê tem pra nós botá?
-Uai; nome mesmo, na verdade eu num tenho não, patrão.
-Mas nenhum? - perguntou Tuffir.
-Só sei que deve cumeçá com a letra H.
-E letra H porque Zizico?
Por que nóis já tem a garrincha, a gabiroba, a gamela, a gardênia, então...
Tá certo, tá certo Zizico!
Só podia vir mesmo de você, falou Tuffir sorrindo.
Abraços.
Ps.: um deles, vai pro cracão de bola, meu amigo Toninho Passatempo.
Verdade! Todo mundo tem sua hora “H”.
Vou contar a minha, ocorrida já há algum tempo atrás, aqui no interior de Minas.
Eu, meu melhor amigo José Victor – o grande Vitinho – assim o chamava sua mãe, dona Chiquita,– juntamente com sua então esposa Claudiana, a pequenina filha Amanda, hoje uma linda e inteligente moça, de olhos claros e Simone, irmã de Claudiana, fomos passear em Acaiaca na casa de seu tio chamado Tuffir, irmão de sua mãe dona Conceição. Acaiaca fica ao lado de Ponte Nova, cidade mais conhecida, até mesmo pela grande projeção tomada pelo mais ilustre filho da terra, o grande músico João Bosco.
Chegando lá, paramos na tia Dulce, outra da família, que exibia uma casa repleta de rapazes e moças, onde mais parecia que toda a gente bonita local, residia alí.
Jogamos bola, tomamos banho, almoçamos e partimos para um distrito próximo, onde o alvo mesmo era a fazendinha de tio Tuffir.
Alto, de um metro e oitenta pra um e noventa, magro, cabelo e bigode pretos, cinquentão, voz grave, simples, do tipo sério, circunspecto, Tuffir tratava a propriedade como sítio.
Esperto, casou-se com moça bem mais nova, Vaninha, da região, que tinha um terço de sua idade. Com dois filhos pequenos, lindos e puros, Jorginho e o Júnior, Tuffir levava uma vida modesta, saudável e acima de tudo, dentro dos rigores.
Conhecidos riacho e instalações, estávamos num papo vai e papo vem, à beira do fogão de lenha, espantando o frio, quando chega a noite e com sua esperteza, notando que a conversa começava a se arrastar, Vaninha tratou logo de preparar nosso aposento pra dormir.
Eu namorava com Claudinha e recém saídos de casamento que estávamos - cada um do seu - já esfregávamos as mãos, sonhando com aquele momento de troca de juras mais sinceras e o romântico acordar com boi mugindo, quando na hora "H", pra surpresa nossa, Tuffir ordenou a esposa pra forrar cama em aposentos separados.
Virei pra Claudinha: o que? Será que...
Isso mesmo, entrou Tuffir.
Aquí em casa, só dorme junto, casal de papel passado".
Eh!!! De sorriso amarelo, peguei a mochila e fui pro meu quarto.
Dureza Tuffir! E põe dureza nisso, pensei.
Já no domingo seguinte – dorme-se cedo, acorda-se cedo – estávamos tomando um cafezinho” daqueles”, torrado na hora e passado no coador de pano, saboreando um queijinho. de produção própria, quando chegou o capataz Zizico do Zé Quintino, trazendo uma boa nova. Com ela, trazia também a sua hora "H":
-Bom dia gente. Bom dia sô Tuffir.
-sô Tuffir, óia que nessa madrugada, Marquesa pariu mais uma vez.
-É mesmo Zizico? E aí?
-Uma bezerrinha graúda que só vendo.
-Óh xente, vamo batizá logo, homem. Que nome ocê tem pra nós botá?
-Uai; nome mesmo, na verdade eu num tenho não, patrão.
-Mas nenhum? - perguntou Tuffir.
-Só sei que deve cumeçá com a letra H.
-E letra H porque Zizico?
Por que nóis já tem a garrincha, a gabiroba, a gamela, a gardênia, então...
Tá certo, tá certo Zizico!
Só podia vir mesmo de você, falou Tuffir sorrindo.
Abraços.
Ps.: um deles, vai pro cracão de bola, meu amigo Toninho Passatempo.