Seria cincidência?

Geralmente, sempre aproveito um final de tarde da semana para dar um “banho na minhoca”, como dizem os pescadores mais frequentes, e o local escolhido sempre é o mesmo: Balneário Municipal.

Nessas minhas idas e vindas, muitas histórias eu ouvi e convivi, sendo que muitas delas já transcrevi para a coluna Durma com Essa.

É claro que algumas delas são incríveis, fora da realidade, porém quem as contou sempre jura de pés juntos que foram reais.

Quem somos nós para duvidar das palavras ditas com tanta credibilidade, principalmente quando não queremos perder o amigo ou um causo tão engraçado?

A verdade é que sempre estamos sujeitos a nos confrontar com momentos inusitados, indescritíveis, que, se narrados posteriormente, serão considerados como uma grande conversa fiada, sobetudo quando o assunto aborda algum lance envolvendo pescaria.

Para não perder o costume, divido, a partir de agora, os principais momentos e os melhores lances da minha última pescaria.

Ela teve o seu início há duas semanas, quando estávamos pescando na propriedade do “Gibinho” e eu havia feito uma adaptação junto à chumbada, o que me proporcionava maior segurança, na hora de fisgar o peixe.

Como sabemos, o “nosso” balneário possui hoje os mais variados tipos de peixes e não será surpresa se alguém começar a dizer por aí que um “fulano” pescou um pintado ou dourado de dez quilos ou mais.

Se não fosse a pesca predatória, que é muito comum no local, certamente o “Grande Lago” estaria mais repleto de lambaris, piaus e tilápias, principalmente estas últimas, porque sempre estamos com algumas delas dependuradas em nossos anzóis.

É claro que algumas são pequenas, o que nos obriga devolvê-las para dentro d’água, mas sempre algumas “bitelas” resolvem dar o ar da graça: aí o bicho pega, pois sempre arrebentam a linha e escapam de nossas mãos.

Foi numa dessas pescarias em que eu estava com a minha telescópica de carbono preparada que elas levaram, por três vezes, o meu anzol, sendo que, em duas delas, as chumbadas também desapareceram.

Nesta última pescaria, a pesca de tilápia foi excelente, tendo eu conseguido ser mais esperto que cinco delas, por sinal de ótimo tamanho – creio que passavam 600 gramas cada uma, na média.

Acontece que a última que fisguei deu muito trabalho, foi uma “perereca” para arrancá-la fora d’água, principalmente porque já estava escurecendo e as dificuldades aumentavam.

O que importa é que trouxemos a “bicha” para fora d’água e, quando fomos tirar o anzol: SURPRESA!!!

Aquela tilápia era a teimosa que já me havia levado os três anzóis dias atrás. Eu conheci a “danada” através das minhas chumbadas que estavam presas, dependuradas, junto com os três anzóis, nos cantos de sua boca.

Voltei para casa realizado e satisfeito com aquela pescaria. As tilápias, eu já as saboreei, enquanto os anzóis e as chumbadas já estão em outras varas, prontos para entrarem em ação.

Escritor Paulista
Enviado por Escritor Paulista em 27/11/2009
Código do texto: T1947339