O BEIJO DA MOCINHA

Mocinha,era uma acadêmica de Medicina,no ano de 1978,na UFPA,uma caracteristca impar dela era aquele cheirinho de bebe de sua pele,essência de hortelã pura,todos nós

Adorávamos suas bitocas nos cumprimentos diários.Mas eu e o Faro,éramos os mais entusiasmados,disputávamos quantas bitocas receberíamos semanalmente

-Bira,nós temos que resolver essa questão,eu quero saber de quem a mocinha realmente

Gosta de mim ou de você-falou Faro.,

-Mas é claro que é de mim,uma questão de sexto sentido,disse-lhe.

A situação já chegara num ponto de duelo pessoal,decidimos que iríamos resolver a situação,perguntando a própria qual seria a escolha.

Decidimos que o domingoa noite seria o dia apropriado,iríamos até a casa da Mocinha,naquele tempo próximo a Doca de Souza Franco,e a poríamos na parede deveria fazer a escolha na nossa frente,coisas da juventude,de atos impensados e

pouco elaborados,que hoje não repetiria jamais.

No domingo seguinte nos postamos na esquina da casa da mesma,tendo cuidado para que não nos vissem da casa,como em Belém,chove toda hora e qualquer dia,não fugiu a regra,um temporal caiu naquela noite,ficamos encharcados,magros tiritávamos de frio.

-Bira,nós somos homens,vamos lá damos uma desculpa que estávamos passando,e a chuva nos pegou,ninguém vai desconfiar-Falou FARO.

- Não,sei não e se ela tiver um namorado!

-Mas tu és medroso BIRA,deixa de besteira vamos lá.

A Casa era de dois pavimentos,a luz do pátio estava apagada,minhas pernas tremiam de nervoso,mas seria naquela noite ou nunca,pelo menos receberíamos bitocas de hortelã daquele rostinho de bebe.

Tocamos a campainha,o coração a mil,alguns minutos depois para nossa surpresa ,Fernandaõ ,acadêmico de medicina do quinto ano veio abrir o portão.

-Ora,ora,Bira e Fabio,molhados que nem pinto pelebreu,em visitas noturnas a minha namorada!

-Naõ é isso que você ta pensando,Fernando,gaguejei,nesse momento Faro já estava pálido,antevendo as conseqüências que estariam por vir.

Nesse momento,sem que esperássemos,Fernandaõ,agarrou-nos pelo pescoço e foi nos arrastando para dentro da casa.

-Mocinha,traz uma toalha pra mim enxugar o Bira e o Faro,gritou Fernandaõ,que era o dobro de nos em peso,musculatura e altura.

-Fe,por favor larga os meninos,eles vieram estudar comigo,falou Mocinha aflita com aquela situação inusitada.Ja sentia o peso do aperto em volta de meu pescoço,o Faro estava ficando lívido.

-Vou enxuga-los,passar no ferro e bota-los no meio da rua,pra nunca mais se meter com mulher minha,falou um Fernandaõ cada vez mais nervoso.

A toalha foi esfregada nos nossos rostos e cabeça,com uma sensação de que fosse uma lixa invisível.Naõ acreditava,que estava passando por aquela situação.Mas foi o Flavio,irmão da mocinha que num momento de descuido do Fernandaõ ,conseguiu nos livrar daquele aperto mortal-Corram,moleques,que o negócio não é brincadeira.,falou Flavio...Mocinha que já estava chorando,se atracou com Fernandaõ,que parecia mais um touro brabo do que um ser humano-

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..,Voamos porta afora,corremos em direção a Praça da Republica,nunca havia corrido tanto na minha vida até então.

Quando chegamos na Aristides lobo,em frente de casa,a vista estava turva,as pernas não existiam,o Faro descabelado,com muita falta de ar.A minha mãe,preocupada,perguntou-nos o que tinha acontecido

-Assalto,Dona geraldina,quase nos esfolam vivo.

-E mãe por pouco não nos quebram o pescoço,falei

Após uns bons goles de água,nos acalmamos.

Desde aquele dia evitamos qualquer contato com a Mocinha e seu truculento namorado.Dizem,que ela casou com ele,continua do mesmo jeito,botando pra correr os bitoqueiros de plantão

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Ubirajara Cruz
Enviado por Ubirajara Cruz em 13/11/2009
Código do texto: T1920762
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