Uma Conversa Interessante
Certa manhã presenciei uma conversa que muito me chamou a atenção. Ei-la:
- Bonr dia, S‘Ocrido.
- Bom dia, amigo. Que bom vento traz até aqui tão cedo?
- Nuuvidadi. Cuma tá passsando, vomicê e suafamia?
- Muito bem, obrigado! E você como vai junto à sua família?
- Num tô tão bão cuma vormicê i sua famia, mar dá pá i levano cuma Deus qué.
- Quais são as novidades?
- O qui mi trouve aqui é ua nuvidadi mermo.O siôr aduviou. Paga azavissa?
- Pago, desde que seja boa notícia.
- Pois né qui a muié ta de di resguardo dum minino homi. E eu to alegi qui nem canaro e vim cunvidá vosmicê e D’Oncila pu mode bebê u miju du bixim e lá pu miadu du méis qui vein nóis batiza u danadin.
- Que honra, compadre para mim e para Cecília. É um grande prazer receber o convite. Muito obrigado pela a atenção.
- A sastifação é minha e da muié. Puvera Deus qui nu tempo aprazadu nóis têja tudo cum saúde pa mode cumpadi e cumadi adispôis du batizado armunçá cum nóis no nosso rancho.
- Se Deus quiser, tudo vai dar certo, compadre.
- A quem Deus premete num farta, né cumpadi? E u qui é du homi u bicho num comi. Arrepara aí, cumpadi, eu cum caba macho pá vadiá nu meio dar minina muié. Lá in casa ta todu mundo alegi. Mai eli é isfamiado qui nem bizerrro dirmamado. Berrou a boca da noite todinha .Num há dicumê qui tape o buraco. Haja chá, haja leite de peito, qui eu acho qui é fraquim pa ele, e o danadin cum a boca nu mundo . Foi só Sia Maria pastera mexer um papero de papa de amazena cum leite de gado e dá cum dedo, ua sopera todinha qui ele si acalou e drumiu u resto da noite,todinha
- Cuidado, compadre, par a não dar comida demais. Ele é recém - nascido e deve alimentar-se do leite materno. De início, somente isto. É o suficiente e a criança cresce muito mais sadia e resistente às doenças infantis.
- Mãe dixe qui dicumê dimais quebra o bucho, cumadi, mais eli só si acaimou adispôis da papa de amazena. Bom cumpadi, bom cumadi, a missão tá cumprida i eu tenho qui i andano pa cuidá da vida. Agora tem mais ua boca pá mode dá dicumê.
- Está cedo, compadre.
- É cedo qui si anda, cumadi. E Deus ajuda a quem madruga. A cunvessa tá boa, a boa nova tá dada i eu ispero us cumpadi lá in casa a quarquer hora pá tumá u miju du seu afiado.
- Obrigada, e diga a comadre que tão logo seja possível iremos visitá-la conhecer o nosso afilhado, eu e Euclides. Dê-lhe minhas recomendações.
- Serão dadas, cumade. E seu afiado ta lá isperano os padim. Vormicêis vão vê cuma eli é homi indo e vortano. Adeus, cumpadi, adeus cumadi, até mair vê S’Ocrido , até Mair vê D’Oncila.
- Adeus compadre e aguarde-nos.A qualquer hora iremos visitá-los e conhecer o nosso afilhado. Vá com Deus e Nossa Senhora.
Certa manhã presenciei uma conversa que muito me chamou a atenção. Ei-la:
- Bonr dia, S‘Ocrido.
- Bom dia, amigo. Que bom vento traz até aqui tão cedo?
- Nuuvidadi. Cuma tá passsando, vomicê e suafamia?
- Muito bem, obrigado! E você como vai junto à sua família?
- Num tô tão bão cuma vormicê i sua famia, mar dá pá i levano cuma Deus qué.
- Quais são as novidades?
- O qui mi trouve aqui é ua nuvidadi mermo.O siôr aduviou. Paga azavissa?
- Pago, desde que seja boa notícia.
- Pois né qui a muié ta de di resguardo dum minino homi. E eu to alegi qui nem canaro e vim cunvidá vosmicê e D’Oncila pu mode bebê u miju du bixim e lá pu miadu du méis qui vein nóis batiza u danadin.
- Que honra, compadre para mim e para Cecília. É um grande prazer receber o convite. Muito obrigado pela a atenção.
- A sastifação é minha e da muié. Puvera Deus qui nu tempo aprazadu nóis têja tudo cum saúde pa mode cumpadi e cumadi adispôis du batizado armunçá cum nóis no nosso rancho.
- Se Deus quiser, tudo vai dar certo, compadre.
- A quem Deus premete num farta, né cumpadi? E u qui é du homi u bicho num comi. Arrepara aí, cumpadi, eu cum caba macho pá vadiá nu meio dar minina muié. Lá in casa ta todu mundo alegi. Mai eli é isfamiado qui nem bizerrro dirmamado. Berrou a boca da noite todinha .Num há dicumê qui tape o buraco. Haja chá, haja leite de peito, qui eu acho qui é fraquim pa ele, e o danadin cum a boca nu mundo . Foi só Sia Maria pastera mexer um papero de papa de amazena cum leite de gado e dá cum dedo, ua sopera todinha qui ele si acalou e drumiu u resto da noite,todinha
- Cuidado, compadre, par a não dar comida demais. Ele é recém - nascido e deve alimentar-se do leite materno. De início, somente isto. É o suficiente e a criança cresce muito mais sadia e resistente às doenças infantis.
- Mãe dixe qui dicumê dimais quebra o bucho, cumadi, mais eli só si acaimou adispôis da papa de amazena. Bom cumpadi, bom cumadi, a missão tá cumprida i eu tenho qui i andano pa cuidá da vida. Agora tem mais ua boca pá mode dá dicumê.
- Está cedo, compadre.
- É cedo qui si anda, cumadi. E Deus ajuda a quem madruga. A cunvessa tá boa, a boa nova tá dada i eu ispero us cumpadi lá in casa a quarquer hora pá tumá u miju du seu afiado.
- Obrigada, e diga a comadre que tão logo seja possível iremos visitá-la conhecer o nosso afilhado, eu e Euclides. Dê-lhe minhas recomendações.
- Serão dadas, cumade. E seu afiado ta lá isperano os padim. Vormicêis vão vê cuma eli é homi indo e vortano. Adeus, cumpadi, adeus cumadi, até mair vê S’Ocrido , até Mair vê D’Oncila.
- Adeus compadre e aguarde-nos.A qualquer hora iremos visitá-los e conhecer o nosso afilhado. Vá com Deus e Nossa Senhora.