Lua de Mel

Mais um casal apaixonado realiza o grande sonho. Se tornarem marido e mulher.

Todos os detalhes são listados e, um a um, vão se tornando realidade. Data, igreja, cartório, floricultura, convidados, banda, buffet, convite e o tão almejado vestido com véu e grinalda é escolhido.

Tudo pronto. O dia chega. A bela noiva é acordada com uma linda cesta de café da manhã e um cartão maravilhoso, desejando as mais belas bênçãos sobre a vida nova que se iniciaria naquela noite.

O casamento acontece, a festa, os noivos curtem muito a presença de todos os convidados, que por sinal, não faltou ninguém. Até o filho do sobrinho da tia avó compareceu.

A festa está acabando, mas muita gente dançando e comendo. Os noivos estão exaustos. Também pudera. Resolvem que já estava na hora de irem pra tão sonhada lua de mel. A noiva se despedindo da família toda e mais um pouco, o noivo já estava no carro esperando.

Quando a noiva chega no carro, se depara com uma situação inusitada. No carro estava o noivo e um casal, melhores amigos dos noivos, no banco de trás. Eles tinham pedido uma carona até a casa deles.

Mas por que não? O que tem de mais dar uma carona numa hora dessas?

E assim foi. Depois de levarem o casal de amigos, foram para o hotel, onde já estava feita a reserva. Era presente de um dos padrinhos.

Chegaram na recepção do hotel. Pediram a reserva. Que reserva? Não tinha nada.

Deram o nome do casal, dos padrinhos, da empresa, da família toda e nada de reserva.

Tiveram que ligar para os padrinhos e tentar resolver. Imaginem... acordar os padrinhos pra resolver essa situação.

Pra não ficar mais embaraçada ainda a situação, o noivo se responsabilizou pela reserva e foram para suíte. Era o mínimo que a noiva esperava.

Era tarde, mas a noite de núpcias tinha que acontecer. De fato, namoraram bastante e caíram no sono. Depois de um certo tempo, o sono foi interrompido por um raio de sol que adentrava pela janela e ia direto na direção dos noivos. De repente, acordaram, um olhou para o outro, deram o mais belo bom dia. Era o primeiro bom dia deles casados. Ao notar aquela claridade toda, repararam que a cortina estava aberta, a janela aberta, apenas o vidro fechado. Eles puderam contemplar toda a beleza do sofisticado hotel em que se hospedaram. Mas esperem um pouco... ninguém entrou lá para abrir essas cortinas... estavam abertas o tempo todo desde a chegada... que mico. A única esperança era que todos os funcionários estivessem cochilando durante o serviço da madruga.

Agiram como se nada tivesse acontecido, foram tomar o delicioso café da manhã, quando chega o gerente, se refere ao noivo e pede mil desculpas pelo ocorrido na chegada, realmente havia uma reserva e que deveria ter champagne esperando por eles.

A noiva só pensou: ainda bem que não bebemos, senão a festinha ia ser mais longa! Imaginem a platéia do lado de fora do quarto com pipoca e guaraná!

Elô Bocaiuva Santos
Enviado por Elô Bocaiuva Santos em 18/10/2009
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