A Dupra
A Dupra.
(Zésouza)
Trabalhavam na granja de arroz, biscates. Passavam mais na venda bebendo e jogando o osso, que trabalhado. O ruivo sardento torcia para o Pelotas o negro alto torcia para o Brasil e se intitulavam a Dupra. Domingo de "Bra-Pel", foram no trem da uma. Pra voltar perderam o trem das cinco. Trem só no outro dia. Ficaram ali pela estação, de noite atravessaram os trilhos e foram sentar ao lado da "Igreja do Padre Ozi". Madrugada o padre ouviu barulho na sacristia, foi espiar; os dois sentados no chão tomando vinho e comendo hóstias e um disse:
- O vinho é bom, mas as bolachinhas grudam na boca.
FIM