Jaguarão/RS


CADA COISA QUE ACONTECE NA VIDA DA GENTE... NASCE A PRENDA TUA

A "prenda tua", para quem não conhece, soy yo! Muito prazer!

Muitos aqui me chamam de "prenda minha" fazendo referência a uma canção do folclore gaúcho. Gostei, sou prenda de muitos e nem me importei com a promiscuidade. Foi providencial, nasceu a Prenda tua, que abusa do gauchês e do portunhol, arrisca o italianês; vaidosa e moderna, não gosta de aspas (") e conta causos que eu não quero e nem posso contar.

Não conto por que sei que o Radicci amore mio não vai gostar. É gringo, taurino, pavio curto, como ele mesmo diz, é “bucha”. Escrevo porque sou guapa, de faca na bota e batom na guaiaca e sorte nunca me faltou. O bello diz que não lê minhas crônicas, só as que eu mando pra ele e não mando muitas. É precaução, vá que aquele gringo danado de lindo, se tome de saudade de mim e se mande pra zona. Ai dele, estrebucho aquele gorducho, se não pego de um jeito pego de outro, mas que pego, pego! E sem usar meu canivete da Tramontina. Desse só quero usar o rabicó pra abrir o vinho nas noites de festas com o mio Radicci.

Pois é, diz que não lê... Bem, se eu voltar ao Recanto é por que ele não lê mesmo. Caso contrário, por favor, meus amigos rezem por mim e também por ele. Não rezem para a Sra. de Caravaggio, ela vai estar ocupada, ou comigo ou com ele, mas é mais provável que eu pele o Caravaggio dele, porque prenda que é prenda não se descuida. Ainda mais a Prenda tua, mais dele do que tua, já que ele fica com a melhor parte. Ora, ora... Meus olhos. Pensaram que fosse o quê? Não, não, essas coisas não posso escrever, não posso ser libidinosa, aí sim posso até sobreviver, mas com o Radicci acaba a prosa.

Nem sei por que estou falando tanto no bello hoje, é saudade demais, eu acho.

É que acontece cada coisa na vida da gente...

Um dia destes fui num motel tri legal lá em Porto Alegre. E lá estava faceira da vida, dando uns beijinhos no meu Radicci, enamorada daqueles olhos verdes hiper brilhantes, que ficam bem apertadinhos quando ele pensa bobagens e... Toca o celular!

Bem, se fosse o Papa eu não atenderia, mas era a comadre Iaci. Claro que eu atendi. E Maria Iaci, vocês sabem, adora literatura e a conversa rolou fácil... Até esqueci o gringo pelado ao lado.

Conversa vem, conversa vai e eu afirmei a ela que sou apaixonada pelo Luís Fernando, sempre fui e nunca vou deixar de ser, é minha grande paixão. Foi quando olhei para o lado e vi o gringo espumando de furioso, não tive outra saída: tchau, tchau, a ópera vai começar.

E começou...
                                                      
_ Aonde vais, amore mio?

_ Amore mio? Não és apaixonada pelo Luís Fernando?

_ Veríssimo.

_ Então vou embora. Fica com o Luís Fernando!

_ Veríssimo!

_ Não fico mais nem um minuto aqui! Porca miséria!

_ Veríssimo! Veríssimo! Luis Fernando Veríssimo! E tu também não és apaixonado por ele???

_ Ahhhh... É vero! Veríssimo! Uffffa....

Cada coisa que acontece na vida da gente... E depois a gente ainda morre de saudades dessas pestes.

Não é vero, mas é quase... Ihi hihi.

Vamos ver se ele lê ou não lê...
Tânia Alvariz
Enviado por Tânia Alvariz em 16/09/2009
Reeditado em 16/04/2010
Código do texto: T1813277
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