A história da Essa
Um fazendeiro tinha uma cachorrinha chamada Essa. Ela era um vira-latas muito carinhosa e muito querida pelo fazendeiro. Acompanhava o fazendeiro por todos os lugares que ia e era conhecida por todos.
Um dia o fazendeiro precisou fazer uma reforma na sede da fazenda e para isso precisou desmanchar a casinha da Essa. Provisoriamente ele prendeu a Essa no estábulo para passar a noite com as vacas, pois já se anunciava um temporal.
Ao amanhecer, após a noite de tempestade, o fazendeiro descobriu que havia acontecido uma tragédia, Essa tinha morrido possivelmente pisoteada pelas vacas durante a tempestade.
O fazendeiro ficou desconsolado, sentindo-se culpado pela morte da sua cadela Essa. Passou cabisbaixo por muitos dias, sem ânimo para nada, sempre pensando na Essa.
Um dia ele foi à cidade para pagar algumas contas no banco e comprar alguns materiais para a fazenda, e de lá retornou radiante com uma nova cadelinha pela qual tinha se apegado à primeira vista. Era uma linda cadelinha, muito esperta e alegre. Pensando em homenagear a cadelinha morta, deu-lhe também o nome de Essa.
A noite, como ainda não havia construído a casinha dela, o fazendeiro pôs a Essa para dormir numa área vazia do chiqueiro que estava limpa e aquecida.
Mas a manhã do dia seguinte lhe reservava uma surpresa desagradável. Inexplicavelmente a cadelinha amanheceu morta entre os porcos. O fazendeiro ficou muito furioso com o que aconteceu e resolveu no mesmo dia ir a cidade procurar outra cadelinha para criar.
Quando retornou com a nova cadelinha batizou-a com o mesmo nome. Essa.
Dessa vez, quando a noite chegou o fazendeiro colocou Essa no galinheiro, mas infelizmente na manhã seguinte ela amanheceu morta. As galinhas tinham matado a Essa.
Desesperado e já com essa idéia fixa em sua cabeça, o fazendeiro foi à cidade e comprou outra cadelinha parecida. Fez questão de batizá-la com o nome de Essa, mas quando a noite caiu sentiu-se triste de desamparado com uma quase certeza de que na manhã seguinte ela estaria morta. Então pegou Essa pela coleira colocou sua corrente e prendeu-a junto com os burros em seu haras.
No dia seguinte, mal amanheceu o dia, ele correu para o haras para ver o que tinha acontecido. Essa estava espertinha brincando entre os burros da propriedade.
 Qual a moral da história?
 Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três.
Acabou o seu tempo!
Moral da história:
 “Só os burros não mataram Essa”.
Livre adaptação de uma pegadinha que ouvi em criança.