Um macho bem macho...
Um Macho bem macho...
O ano, contam, era 1999. O local, uma bela e pequena cidade do litoral carioca, na casa de um casal comum. Ele um comerciário gaúcho, ela uma carioca estudante do secundário, ambos vivendo sob o mesmo teto e dormindo na mesma cama, como é comum aos jovens de hoje em dia.
Na noite em questão, enquanto a moça preparava o jantar para alguns parentes dele que estavam em visita, o jovem saiu para assistir a um jogo de futebol do imortal tricolor, seu time do coração, que passaria no payperview, em um bar no centro da cidade.
A garota serviu o jantar, o rapaz ainda não havia retornado. Jantaram ela e os familiares dele, conversaram, assistiram um pouco de televisão e foram dormir. O casal visitante no quarto de hóspedes e a moça no quarto principal da residência. Uma casa simples, mas bem construída, com a suíte do casal e um quarto para visitas, ampla cozinha dividida da sala de estar e jantar por um balcão, que lembrava o estilo conhecido como cozinha americana, um banheiro social e garagem com churrasqueira, eis que ali morava um gaúcho, e gaúcho que se preza não abre mão do churrasco aos domingos.
Por volta das três horas da madrugada, enquanto a moça e seus hóspedes estavam entregues aos braços de "Hipnos", o silêncio é rompido por conversas e gargalhadas, acordando a dona da casa que saiu do quarto para ver o que ocorria. Os visitantes também acordaram, porém, ao perceberem as vozes identificaram uma delas como sendo a do jovem familiar, e permaneceram deitados.
Na manhã seguinte, por volta das nove horas, as visitas levantaram e foram a cozinha fazer a refeição matinal, ali perceberam que a anfitriã dormia encolhida no sofá da sala, tentaram fazer o mínimo de barulho para não acordá-la e em seguida prepararam um chimarrão, bebida tradicional dos nativos do sul do Brasil, e foram sentar-se no belo jardim em frente a casa, onde conversaram sobre amenidades. Por volta das onze horas da manhã a moça levantou-se do sofá, com cara de poucos amigos, não respondendo sequer ao bom dia que lhe fora dado por um dos hóspedes.
Passaram-se trinta ou quarenta minutos e o jovem sai do quarto, com um semblante satisfeito, seguido por uma moça estranha... O jovem dá bom dia aos parentes, que custam a acreditar no que acabam de ver, vira-se para a garota com a qual passou a noite e pergunta se ela quer um café. Ela olha o relógio e diz: - obrigada, mas já é tarde, preciso ir embora. Ambos trocam um suave beijo e ela se retira. A companheira do moço assiste a tudo impassível... Os visitantes, ainda tentando entender o que aconteceu despendem-se do casal e, na viajem de volta ao Rio Grande do Sul debatem sobre o assunto... E o rapaz, que era vereador em sua cidade sulina, comenta com a esposa: - Mas barbaridade, esse teu primo sim é galo! Vou homenageá-lo na próxima sessão na câmara de vereadores...
E, assim, o jovem gaúcho, residente no Rio de Janeiro, devido ao seu machismo de levar outra para dormir em casa, mandando a prenda dormir na sala, foi a primeira pessoa viva a ter uma praça com direito a busto ostentando o seu nome.
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