A DROGA MATA PELAS ORELHAS

A DROGA MATA PELAS ORELHAS

O dia já ia entrando pela noite adentro quando dois projetos de bandidos avistam o vendedor de picolé o senhor Vininho. Velho conhecido da dupla é abordado por eles:

- Dá um picolé de crak...

- Tem não.

- Dá um picolé de cocaína...

- Tamem tem não.

- Dá um pito de maconha...

Nem esperam o famoso TAMEM TEM NÃO e lhe dão uma bordoada na cabeça (poderia a ter ser uma coronhada que é a pancada da moda, mas trombadinha de Iporá eu acho que ainda tem revolver não).

Com o senhor desmaiado na calçada revistam-lhe os bolsos e encontram (R$ 28,00) vinte e oito reais completados com algumas moedas.

- Vai lá irmão e lhe dê quatorze facadas.

- Uai não são vinte e oito?

- São quatorze são suas e as outras quatorze minhas.

Não se dando por satisfeitos cortam as duas orelhas da vítima encondendo-as dentro da caixa do hidrômetro.

Em tempo Iporá foi um palco esporádico da veracidade, aliás, enquanto não acabaram com a hipocrisia das drogas o fato pode ser repetido em qualquer canto do Brasil, digo do mundo.

Goiânia, 12 de dezembro de 2008.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 13/12/2008
Reeditado em 13/08/2009
Código do texto: T1333005
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.