A DROGA MATA PELAS ORELHAS
A DROGA MATA PELAS ORELHAS
O dia já ia entrando pela noite adentro quando dois projetos de bandidos avistam o vendedor de picolé o senhor Vininho. Velho conhecido da dupla é abordado por eles:
- Dá um picolé de crak...
- Tem não.
- Dá um picolé de cocaína...
- Tamem tem não.
- Dá um pito de maconha...
Nem esperam o famoso TAMEM TEM NÃO e lhe dão uma bordoada na cabeça (poderia a ter ser uma coronhada que é a pancada da moda, mas trombadinha de Iporá eu acho que ainda tem revolver não).
Com o senhor desmaiado na calçada revistam-lhe os bolsos e encontram (R$ 28,00) vinte e oito reais completados com algumas moedas.
- Vai lá irmão e lhe dê quatorze facadas.
- Uai não são vinte e oito?
- São quatorze são suas e as outras quatorze minhas.
Não se dando por satisfeitos cortam as duas orelhas da vítima encondendo-as dentro da caixa do hidrômetro.
Em tempo Iporá foi um palco esporádico da veracidade, aliás, enquanto não acabaram com a hipocrisia das drogas o fato pode ser repetido em qualquer canto do Brasil, digo do mundo.
Goiânia, 12 de dezembro de 2008.