Meu Assistente
Momentos que valem a pena
Certos momentos fazem com que o exercício da ginecologia e obstetrícia não tenha preço devido aos acontecimentos engraçados que nos fazem rir de repente.
O marido de uma recente gestante, antiga paciente minha, me ligou apavorado. Ele é tão cuidadoso com ela quanto seria com um bebê - por vezes, atrapalhado, tornando cômicas certas situações.
Lembro que no parto da primogênita, ao qual ele assistiu, ao se apresentar para o pediatra, disse: “Sou o marido... e o pai do bebê também...".
Meu pediatra, britanicamente respondeu: "Entendo...".
Hoje ele ligou para falar que a esposa está com febre. Tentando saber o que podia estar acontecendo com ela, lancei várias perguntas ao mesmo tempo, ao que fui respondida prontamente:
- “Ela está com dor de garganta?".
- "Amor, você tem dor de garganta? Sim, doutora, a garganta dói”.
- “Ela está com o nariz entupido?".
- "Mô, o nariz está entupido?!... Acho que sim, doutora”.
- “Meu filho, pergunta aí pra ela se algo a mais está acontecendo”.
- “AMOR, yá sentindo mais alguma coisa?”.
- “Vem cá. Você não sabe como ela está e me liga?!” .
- “É que eu fico só monitorando!".
Recomendei uma série de coisas e, após indicar um antitérmico, alertei que se a febre piorasse, deveria...
- “Já sei! Dou um banho frio, não é?”.
- “Cara, imagina só se você estivesse com febre, com frio e alguém jogasse água fria em você...”.
- “Mas é isso que eu faço com a minha filha!”.
- “Rapaz, o caso é o seguinte: quando a febre de uma criança não passa, para se evitar convulsão, é recomendado banho quase frio, o que ajuda a baixar a temperatura. Mas com adulto é diferente. Venhamos e convenhamos, você já está pensando em dar um banho de imersão em gelo em sua mulher. Confessa...".
- “Mais ou menos isso... É que remédio pra febre faz mal ao bebê. Eu li na bula...”.
- “Opa! Pera lá!...”.
- “Fui mal, doutora. Desculpe. A senhora é quem sabe...”.
- “Pois é...”.
Leila Marinho Lage
http://www.clubedadonameno.com
Momentos que valem a pena
Certos momentos fazem com que o exercício da ginecologia e obstetrícia não tenha preço devido aos acontecimentos engraçados que nos fazem rir de repente.
O marido de uma recente gestante, antiga paciente minha, me ligou apavorado. Ele é tão cuidadoso com ela quanto seria com um bebê - por vezes, atrapalhado, tornando cômicas certas situações.
Lembro que no parto da primogênita, ao qual ele assistiu, ao se apresentar para o pediatra, disse: “Sou o marido... e o pai do bebê também...".
Meu pediatra, britanicamente respondeu: "Entendo...".
Hoje ele ligou para falar que a esposa está com febre. Tentando saber o que podia estar acontecendo com ela, lancei várias perguntas ao mesmo tempo, ao que fui respondida prontamente:
- “Ela está com dor de garganta?".
- "Amor, você tem dor de garganta? Sim, doutora, a garganta dói”.
- “Ela está com o nariz entupido?".
- "Mô, o nariz está entupido?!... Acho que sim, doutora”.
- “Meu filho, pergunta aí pra ela se algo a mais está acontecendo”.
- “AMOR, yá sentindo mais alguma coisa?”.
- “Vem cá. Você não sabe como ela está e me liga?!” .
- “É que eu fico só monitorando!".
Recomendei uma série de coisas e, após indicar um antitérmico, alertei que se a febre piorasse, deveria...
- “Já sei! Dou um banho frio, não é?”.
- “Cara, imagina só se você estivesse com febre, com frio e alguém jogasse água fria em você...”.
- “Mas é isso que eu faço com a minha filha!”.
- “Rapaz, o caso é o seguinte: quando a febre de uma criança não passa, para se evitar convulsão, é recomendado banho quase frio, o que ajuda a baixar a temperatura. Mas com adulto é diferente. Venhamos e convenhamos, você já está pensando em dar um banho de imersão em gelo em sua mulher. Confessa...".
- “Mais ou menos isso... É que remédio pra febre faz mal ao bebê. Eu li na bula...”.
- “Opa! Pera lá!...”.
- “Fui mal, doutora. Desculpe. A senhora é quem sabe...”.
- “Pois é...”.
Leila Marinho Lage
http://www.clubedadonameno.com