O sol do homem
Dizem alguns livros de História que esta história realmente sucedeu. Como eu gosto da História e de histórias, acredito. Vamos à história.
Alexandre da Macedônia, o Grande, em 338 Ac sitiou e tomou Tebas, uma das principais cidades-estados da Grécia, episódio que passou à História como a Batalha de Queronéia. As tropas macedônias arrasaram a até então invencível Armada Sagrada de Tebas e entraram na cidade. Não sobrou pedra sob pedra.
Alexandre tinha 18 anos e começava a construir seu império. Só seria detido por uma lança que o mataria aos 33 anos. Alguns sustentam que foi por causa de uma dor de barriga. Aos 13 anos recebeu seus primeiros estudos com um professor que todas as crianças - e adultos - gostariam de ter: Aristóteles.
No dia em que Tebas capitulou, Aristóteles estava em Atenas e pensou:
-Pelos deuses do Olimpo. Onde errei?
Alguns dias depois de ter tomado a pólis (cidade em grego), Alexandre montou em Bucéfalo (seu cavalo) e chamou um grupo de soldados para acompanhá-lo. Procurou, procurou, até que encontrou quem queria. Um homem barbudo, maltrajado, sujo, dentro de uma pipa de azeite, sem azeite, é claro.
-Você é Diógenes, o grande filósofo tebano que procura um homem de verdade no mundo? Perguntou o conquistador.
-É o que dizem de mim. Respondeu.
-Aristóteles falou-me de você. Sou Alexandre, filho de Felipe da Macedônia. Conquistarei e unificarei todos os povos gregos, como nunca antes alguém fez, depois tomarei o Egito e a Pérsia. Diga-me, grande Diógenes, o que posso fazer por você? É só pedir.
-Por favor. Saia da minha frente. Você está tapando o sol.