Infinito mar

O marzão de Buriti queima os olhos do sol

Aliviando o tremor das margens na brisa fresca

Que aportava , vinda do infinito mar...

Queimava a solidão dos pescadores

Quando a garça ondulava o espaço

Fazendo historia na imaginação cabocla.

Tremia tanto os telhados, que azulava os cantos dos olhos

Parecendo miragens bailarinas.

Até a sombra travessa serpentava a samambaia

Que teimava nascer nas frestas das calçadas quentes,

Fazendo sombras magrinhas, magrinhas.

Xelim,xelim,xelim, era o canto da sandália que sorria

Faceira, agradecendo o passeio da bela morena que tirou

Sua imobilidade lá do cantinho do nada.

Lagoa de Guariba ondulava as carapinhas aneladas

Quando menino travesso jogava uma pedrinha

Nos seu dorso espelhado , banhados de céu