A VENDEDORA (COR)

A VENDEDORA

Torquato diretor de vendas de uma empresa de caminhões possui um bio tipo de galã de cinema, parecido com o antigo ator Cark Glaibor; mas nas horas de folga ou outros trabalhos se vestia conforme o momento. A sua imagem era personalizada pela falta da mão direita, vitimada pôr um acidente de pescaria.

No passado fora nomeado prefeito em uma pequena cidade do interior e quando se reunia com a patota do tira gosto, a maneira de farrear era adversa. Certa feita foram pescar com dinamite, hoje seria classificado como crime ecológico, mas naquela época não. Ao acender uma banana da bomba achou que não havia acendido retardou um pouco a jogar o petardo no rio e foi um tremendo BUM,BUM,BUM, em sua mão direita...

Agora quando se diverte na sua chácara veste-se apropriadamente como caipira e usando um protetor de punhos onde deveria estar sua mão direita. Assim caracterizado lembrará que sua esposa lhe dissera que ao voltar para casa providenciasse uma camisa, pois iriam a um casamento.

Assim fez, foi a uma loja e a vendedora ao ser indagada pelo preço de uma camisa, julgou uma pessoa desprovida de recurso falando-lhe:

- É muito cara, o senhor não quer uma mais barata.

- Não eu perguntei o preço daquela ali;

- Mas eu lhe falei para o senhor que aquela é muito cara, não quer uma mais barata.

Irritado com a insistência da vendedora em lhe vender, pela aparência do momento, uma camisa bem mais barata e não aquela que ele queria, ouviu dele:

- Não precisa dar o preço não, embrulhe seis cada uma de uma cor...

Goiânia, 19 de setembro de 2008.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 23/09/2008
Reeditado em 23/09/2008
Código do texto: T1192087
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