O PRÍNCIPE E O SAPO (COR)
(CORRIGIDO)
O PRÍNCIPE E O SAPO
(MEDO)
Pelas quebradas da vida, aproximando-nos dos 44 anos de casados, enfrentamos problemas conjugais difícil de transpor, principalmente se considerarmos o período da menopausa entremeado pela TPM, época em que a ovulação exige maior empenho sexual, tendo em vista que também atravesso período critico e assentado em arteriosclerose, ou seja esquecendo de certos deveres . Sou agredido, tenho medo de ser assassinado, pois se a deixo me agredir, ela vai aumentado mais e mais a sua agressão, só para se a contra reação for maior. Não sei onde vamos parar. Ela vive querendo separar, ora acho que não devo, porque conheço de perto o seu equilibro. Ora acho que devo, porque o sofrimento, muito embora sabemos que foi feito para ser enfrentado, chega o momento que não sabemos nos conduzir. Falta-se sexo então, ela vira bicho, sobe nas paredes, agride de todo jeito. Nota-se que estou escrevendo no computador então, piora tudo, pois fala que aqui guardo as nossas mazelas, o nosso mau resolvido.
Acho que pelas nossas infindáveis brigas, ela briga comigo, algumas vezes eu reajo para não apanhar muito, mais ela vive tirando sangue em meu rosto, até mesmo com mordida violenta.
Em tempo PASSADO, submeteu-se a uma cirurgia plástica com o pomposo nome de "mini-liftng" não sei se escreve assim, da qual eu esperava que fosse melhorar o nosso relacionamento, mas ledo engano, piorou, principalmente porque ela com febre, pós-operada queria sexo e carinho, e eu, um casca grossa, não entendi nada, ainda por cima pegando uma terrível dor de barriga após comer um pêssego passado, em cima de dois hambúrgueres Mcdonald com suco de laranja (não sei se foi o pepino).
Simplesmente volta aos seus sonhos de adolescente, onde o príncipe encantado, lindo, loiro de olhos azuis, salva-a dos braços do vilão, na realidade observa que ao acordar, ela não está nos braços do príncipe loiro, mas sim nos braços do vilão que é um terrível sapo feio.
Goiânia, 21 de dezembro de 1998.
J U R I N H A