DÍVIDA
DÍVIDA
Está me contaram, é muito boa.se foi escrita não sei,mais se não,então aqui está o registro.
Quando o norte de Goiás ainda nem chamava Tocantins.
Estavam construindo uma igrejinha num lugarejo bem pequeno.
Quando bem no meio da empreitada,acabou o dinheiro,ficaram muito tristes,mais um tem uma idéia:
Vamos falar com o fulano,afinal ele é fazendeiro e bem de posses,quem sabe ele se compadece e nos ajuda!
Formou-se a comitiva e foram lá contar o que os afligiam
Ele então disse:Oia,eu vendi uma bizerrada onti,e o dinhero ta guardado,mais oces podem leva,só me assinem uma promisória,e quando tiverem o dinhero ,oces vortem pra pagar.
Saíram felizes por conseguirem meios de terminar tão sagrada missão.
O fazendeiro olha para o horizonte da varanda do seu casarão, senta em sua enorme cadeira de vime,ajeita o chapéu panamá,folga a bota no pé, satisfeito por mais um dia bem vivido.
Estava quase cochilando,quando Deus vem e lhe sopra nos ouvidos:
Lembra quando você chegou aqui?você só tinha uma mala nas mãos, Te dei toda esta terra que teus olhos alcançam,enchi de gado e de lavouras,Pus ao teu lado uma linda esposa,enchi tua casa com cinco filhos inteligentes e saudáveis.
E AGORA “EU”ESTOU TE DEVENDO 80.000 cruzeiros.
Ele levantou em um pulo só e correu até a construção
E gritou:Num precisem pagar mais não,esta dívida já foi paga,e eu num tenho nem como vorta troco.
DÍVIDA NÃO É AQUILO QUE TEMOS QUE PAGAR,DIVIDA É AQUILO QUE NÃO TEM “COMO”PAGAR.