A verdade nunca morre II - parte 1
Foi de repente, como numa explosão, e ao redor, tudo pareceu ficar rubro e cinzento, foi a raiva que tomou conta após um longo período de mal entendidos, o sangue que fervilhou e subiu ao rosto, fez com que dissesse tudo, tudo o que detestava nele, apontando o dedo e com olhos arregalados, disse firmemente o quanto uma pessoa poderia ser desprezível e falhar tanto como ser humano. Após o grande alivio, Ana, tão mais leve e pronta, ouviu de quem lhe prestou serviços por anos: "muito bem, agora retire-se, saia porque você é apenas um resto, por isso está sendo jogada fora".
Minutos após o episódio, ri descontroladamente pois nunca teve tal atitude, assinou sua demissão e despediu-se formalmente de alguns amigos. Rumou ao novo apartamento, pois casara recentemente e mal usufruiu da empolgação desse novo momento, e também de Fred, alguém que a completa transcendentemente.
Houve-se então, a chave girando na porta da sala, empurrada vagarosamente, range, já aberta, Ana olha afobada para os lados, pois percebe certo silêncio, acha estranho, e quando entra por completo... toma um susto, solta um grito agudo, é fortemente agarrada e girada, tamanha é a felicidade de Fred. Rindo muito e
aos gritos ela diz: __Freeed para! você vai me derrubar... - mas é tudo muito engraçado, tanto que a amoleceu, perdeu a força, até que os dois caíram no sofá, o semblante de ambos é viçoso e de certa pureza. Fred a beija muito, Ana não entende tanta alegria uma vez que acabou de perder o emprego, e enfim, ele diz: __Ana, eu vou ter mais um filho!
__O quê? Ela disse, estática pelo choque.
__Sim, pai... Ana, é você!
__Eu o quê? - simultâneo a pergunta que fez lhe ocorreu algo bom a mente, já imaginando, os olhos se encheram de lágrimas, e antes que
escorresse, Fred adianta: __Você está grávida!
__Oh! como?
__Eu cheguei agora à pouco e encontrei o resultado dos exames debaixo da porta, não resisti e abri...
Ana emudece por alguns minutos processando a informação, e a lágrima que parecia resplandecer luminosamente sua emoção
escorre de maneira doce e delicada, suspirando diz:
__Nossa! e agora? eu nem sei o que dizer... Fred, eu pensei que nunca daria certo, o médico não garantiu nada...
Eles se abraçam generosamente, fazem mais alguns minutos de silêncio, muito emocionada e ao pé do ouvido de Fred, embargadamente Ana fala:
__Mas eu preciso te contar uma coisa!
se soltam, e ele diz:
__Conte, conte-me tudo o que quiser! - com um olhar brilhante Fred não esconde seu contentamento.
__Mas é que não é algo tão bom assim.
__Então me fala logo! desse jeito você me mata de curiosidade!
__Bem... é que eu perdi meu trabalho, discuti com o Mauro e ele me despediu... agora com essa noticia fico feliz mas com um pouco receio.
__Mas meu amor! isso pode ser ótimo, você vai se dedicar somente ao nosso bebê.
__Eu sei, mas é um gasto a mais.
Fred diz mansamente afagando Ana: __Não se preocupe com isso, tudo ficará por minha conta. Se abraçaram de tal maneira que não se desgrudaram pelos 20 minutos seguintes, apenas sentindo um ao outro, percebendo como é bom ter alguém a quem pode-se amar incondicionalmente em todos os momentos da vida.