Toinho e Bigaiu: A doença do moleque.
Toinho andava disgostoso por causa da doença do menino Zeca. Um calombo crescia no pescoço dele que não havia modo de brecar. A mulher dele, dona Bigaiu mulher simplória, mas determinada, cansou de ver a testa febril do moleque e resolveu ir até a casa da benzedêra Filó buscar ajuda.
Danou a correr pela trilha de terra que inté levantava poêra.
Chegou esbaforida que só vendo!
Filó pegou uma benzeção no terreiro e voltou depressa com uns galhos de mato na mão, e juntas foram até a casa ver o menino doente.
Filó fez um chá com o mato que trouxe e disse que o menino estava com caxumba. Isso era certo! Toinho e Bigaiu se olharam e disseram: Ah, sei.
Filó recomendou que o garoto ficasse deitado para não complicar a doença. Disse e olhou para o casal. Tornou a explicar. É perigoso ele ficar correndo por aí, ele pode ficar rendido. E o casal se entreolhando com expressão de tudo entendido: É verdade, é verdade!
Filó percebeu que ainda faltava informação para o casal e disse: Seu Toinho, se o menino não guardá repouso a caxumba desce pro escroto e ele pode ficá istérico. É isso que dizem por aí.
Agora sim parecia que tudo tinha sido entendido. Se ainda faltasse alguma explicação, eles que fossem buscar com o doutor letrado, pois o repertório de Filó tinha se esgotado. E voltou para casa.