Elas falam demais?
Fui convidado para passar um fim de semana em Araruama/RJ, casa de um amigo, à beira da lagoa. Em meu carro estava uma razoável caixa de ferramentas, porcas, parafusos, etc., materiais que iriam para o sítio na 1ª oportunidade e para não esquecer já estavam colocados na mala.
Um casal amigo também foi convidado. Após o almoço, ainda no sábado, fomos usufruir da lancha do dono da casa. Como não era utilizada a algum tempo, seu motor não pegava de jeito nenhum. Descobriu-se que faltava um parafuso. Fui à caixa de ferramentas e lá estava um parafuso que serviu. Não resolvido o problema, precisou-se de um pedaço de arame e, lá fui de novo, e trouxe o respectivo. A única mulher do grupo, baiana porreta, que seria a responsável pela feitura da comida. Nota dez. Mas falava pelas tripas do Judas. Os três homens tentando colocar a lancha para funcionar e, nada. Ela? Bla, bla, bla!
Eureka. Falta de lubrificação nas hastes.
Mas cadê a graxa? Onde, onde? - Na mala do carro, ora.
A mulher que não parava de falar, disse: Puxa, esse seu carro tem de tudo, parece o de um velho fresco que conheço que tem até máquina de furar no carro.
Fui até à mala, e ironicamente, perguntei: Igual a essa?
A mulher ficou muda.
E até domingo, na hora de virmos embora, não conseguia olhar de frente para mim.
Perdeu a língua, acho!
E ainda dizem que mulher fala demais. Que injustiça!