A NOVIDADE

A tartaruga andava tranqüilamente pela floresta, até que se assustou com o capim que balançava estranhamente a fazendo perguntar:

— Tem alguém aí?

Em vão, pois não obteve resposta o que a deixou com medo porém intrigada. Por segurança achou melhor sair e encontrar-se com seus amigos e quando os encontrou perguntou:

— Vocês sabem o que esta acontecendo lá na frente do piquízeiro? O capim esta se mexendo sozinho e fazendo um barulho estranho.

Respondeu o urso:

— Alem de cair piquí, mais nada.

Falou o tamanduá:

— Um piquí deve ter caído e rolado para o capim fazendo barulho e o mexendo.

E a tartaruga:

— Não mesmo! Lá é plano e o capim se mexe em todas direções.

E o urso:

— Ora essa? Então é o vento. É claro!

E a tartaruga intrigada:

— Mas não esta ventando.

E o urso com uma cara pensativa:

— Não é o vento? Então não sei o que pode ser.

O tamanduá olha pra todos e…

— E melhor tomar cuidado, cautela e bom nesses casos.

Com um jeitão destemido o tatu dá sua opnião.

— Se fosse alguma coisa perigosa não ficaria escondida no mato.

E com uma voz séria o tamanduá:

— Talvez pode estar aguardando á hora certa de atacar.

E ficaram ali os quatros tentando adivinhar o que poderia ser. Até que tiveram a idéia de sair em busca de solução com um dileto amigo na lagoa, e quando chegaram o tamanduá se apóia na cauda e se levanta ao máximo e grita:

— Acordaaa!!!

E de repente, o maravilhoso, gigantesco e animado solucionador de causos impossíveis, o elefante, levanta a tromba olhando preguiçosamente para um lado e para o outro, erguendo seu corpanzil imenso de dentro da agua com um sorriso na cara e...

— O que vocês querem comigo?

E a tartaruga:

— Fazer uma pergunta: O que pode mexer em todos os sentidos o mato perto do piquizeiro, sem ser o vento ou um piquí?

O elefante levanta a sobrancelha e olha meio de lado para eles levantando uma de suas sobrancelhas e fazendo uma cara de sabidão e responde:

— É fácil. É o enigma.

E todos se perguntavam.

— Enigma?

E o elefante:

— Só ele tem esse poder. Ele é capaz de tudo.

E a tartaruga curiosa:

— Tem força para isso?

E o elefante olha pra todos e fala bem sério:

— Muito além do que vocês imaginam, ele é poderosíssimo.

E a curiosa tartaruga:

— Ele é grande como você?

E o elefante dá uma esquinchada de agua sobre ele, com sua poderosa tromba e responde sério:

— Às vezes sim.

E o tamanduá assustado falando para o grupo:

— Caramba!!! Eu avisei que poderia ser perigoso.

E a pequena tartaruga receosa fala:

— Ainda bem que eu saí logo.

O tamanduá pensativo:

— Eu já vi todo tipo de nome.

O urso:

— É mesmo tem uns estranhos. O meu é lindo

E o tatu.

— O meu é fácil de decorar.

O tamanduá olha para eles e...

— Mas ornitorrinco, “eita” nomezinho complicado.

O tatu o repreendendo:

— Ele não esta aqui então não falemos no dele.

Aí perguntou o tamanduá.

— Mas do enigma eu nunca ouvi falar, será que ele é tão poderoso assim?

E por minutos todos se olhavam querendo obter a resposta. E quando o elefante encostou-se a arvore e começou a coçar suas costas, grunhia de satisfação.

— Hummm, hummm... Que bom... Humm como é bom uma coçada... Hummm, hummm, hummm.

Indignado o tamanduá...

— Você não está nem um pouco preocupado. Seus amigos correndo perigo e você não esta nem aí com esse enigma. A única coisa que te incomoda é a sua coceira.

E o elefante se coçava:

— E tem coisa... Hummm, hummm…, melhor para fazer? hummm, humm...

E o tamanduá.

— Claro! Desvendar esse mistério, afinal de contas tem esse enigma solto por ai.

E o elefante:

— Só tem um jeito, vamos lá!

Deu um pulo para perto deles, se abaixou esticando sua tromba para que seu amigo o tatu subisse e eles se transformassem no expresso elefante. E partissem para desvendar os mistérios da floresta. E assim saíram brincando em grupo com o tatu agarrado a sua cabeça como podia, menos a tartaruga que preferiu ficar em segurança na beira da lagoa. Quando chegaram o elefante viu onde estava o sinistro capim balançante, olhou para seus amigos que com muito medo deram um passo para trás, e com sua, poderosa, tromba afasta o mato e para surpresa de todos falaram quase em conjunto...

— É um coelhinho!

E perguntaram para ele.

— Porque assustou a tartaruga?

E o coelhinho:

— A minha mãe falou para não falar com estranhos.

Respondeu e saiu em disparada. E todos olharam para o elefante e disseram:

— Você nos assustou e no final era só um coelhinho.

E o gigantesco amigão:

— Esse era um enigma pequeno, mas quem sabe o próximo? E ria e se coçava sem parar... Hum, hum, hum... Há, há, há... Hum, hum, hum... He, he, he... Mas deixou de ser porque foi descoberto... Há, há, há... Perigosíssimo. Há há há há... Quem sabe o proximo?... Há, há, há, há…

TiO DiMiTRi

13/6/2008 12:36