Era um cara danado de retado!não podia ver rabo de saia,tinha uma lábia,e,dizem as más linguas que o apelido,Peroba,que lhe deram tinha muito a ve rcom certos predicados viris,que faziam as delicias das mulheres.Traçava todas;casadas,solteiras,viúvas,donzelas,que por êle abandonavam a donzelice e até freiras,que,cansadas de esperar pelo marido,Jesús Cristo,que nunca as visitava,abria os braços (e as pernas)para êle.Fez tantas,que a comunidade masculina o expulsou desta cidade.
Ao chegar em outra cidade,longe daquela para não deixar rastro,comportou-se como um bom cristão,ia á missa aos domingos,disposto a nunca mais mexer com mulher de familia.No terceiro domingo foi se confessar.O padre ficou satisfeito,mais uma alma para o reduto e perguntou:-Quais são teus pecados,filho?
-Padre confesso que tive uma relação bem chegada com uma senhora desta comunidade.
-Certo,filho,mas,qual?
-Padre,me perdoe,um homem de bem não vai dedurar uma senhora.
-Filho,sinto muito,mas,se não disseres quem é não vou poder te absolver.-Um homem de bem não tem memoria,"sêu" padre.
-Vou te ajudar;foi a professorinha loura da escola pública,meu filho.?
-Não,padre,não foi.
-Foi a D. teresinha,mulher do delegado-Que nada,padre;nem sei quem é.
-Então só pode ter sido a filha adotiva do Coronel Sampaio.E,falando prá si mesmo:"aquela nêga parece ter fogo no rabo!"
-Não foi "sêu"padre.
-Filho, se não me falas,não posso te perdoar.
Zé Peroba saiu zangado,levantou-se do confissionario e s picou a mula.Esbarrou num velho colega,que o conhecia de outros carnavais.Contou a estória.
-E,aí,o padreco te perdoou?
-Perdoar,não perdoou,mas,me deu tres dicas sensacionais.
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