Portas

Naquele mesmo instante,

Em que seus braços,

Se puseram sobre mim,

Uma dúvida lhe constrangia...

Como a chave para o confronto,

De uma porta sem entrada,

De uma entrada sem saída,

Para um lugar do "Não sei onde"...

Caminhos sinuosos,

Em verdadeiras pistas retas,

Largos Horizontes,

Em pequenos vagões...

Isto lhe empurra,

Como consequência,

Para um corpo aveludado,

Em um coração de espinhos...

Até quando irei te ver,

Plantando cicatrizes,

Neste mundo de ilusões,

Neste vale de sombras?

Seria bom que você acordasse,

E ainda pudesse ter sonhos,

Que lhe dessem satisfação,

Antes que o seu prazer desmoronasse...

É tarde fugir, e muito triste aceitar,

As paredes se fecham num piscar,

Hoje me encontro aqui,

Abrindo as portas para você entrar...