Indo embora...

Tô indo embora, se pudesse te levaria comigo, mas tenho que ir só.. a solidão é meu castigo... te amei de mais, tenho que pagar..

Tô indo embora.. não tranque a porta em minha saída, permita que a vida lhe dê aquilo que tu sempre quis... que pela porta aberta entre alguém que te faça feliz...

Tô indo embora, só não te deixo meu sorriso pq precisarei dele para disfarçar minha dor... só não te deixo meu passos pq precisarei deles para me afastar, só não te deixo meus olhos pq precisarei deles para ver minha insignificância...

Tô indo embora, qual pedra a rolar na estrada, qual poeira a se dissipar no ar, qual raio que logo se esquece...

Tô indo embora, e nada de ti vai comigo... não quero teu ombro não-amigo, não quero tuas mentidas palavras de amor, não quero teu ouvido perdido, não quero teu sorriso fingido... deixo tudo contigo.. does a teu próximo amor!

Tô indo embora, teu coração me aprisiona, me sufoca, me destrói....

A teu lado acusa-me meu ser de traição, pois anulo-me para ser tua por completo, sem restrição...

Tô indo embora.. eis a chave das algemas, meu amor próprio me espera na esquina... quanto a ti... fique com meu cheiro no perfume quase acabado que ficou na penteadeira, fique com meu calor nos lençóis ainda revoltos, fique com o brilho de amor dos meus olhos na fotografia, fique com a saudade de companheira...

Tô indo embora... se voltarei um dia?... jamais! Pois mesmo que um dia volte, já não será a mesma alma que foi, esta alma humilhada e ferida, que um dia se dispôs a amar até a morte, e amou... hoje morro, mesmo em pé.. morro em vida... morre os sonhos, morre a ilusão.. matou-me a essência, a alegria...

Morta... como a árvore seca do outono. Morta como a semente no chão... Morte que é libertação... tal qual a árvore chegará minha primavera, tal qual a semente também eu germinarei...

Tô indo embora... amei-te até a morte, fiz o que me propus, assim, nem promessas nã ocumpridas eu deixei em tuas mãos... a ti fica o carma do carrasco, a mim, fica a ressurreição...

**Inspirações poéticas**

Deise Caroline Nunes
Enviado por Deise Caroline Nunes em 09/04/2008
Reeditado em 01/10/2008
Código do texto: T937797
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