Sai da minha vida agora

Odeio romantismo... Odeio tudo que seja feito de amor.

Quero prazer, sexo, vontades carnais na minha cama, ou na sua, tanto faz.

Estou cheia de ver você trazendo flores que murcham logo quando a olho pela manhã.

Agora acabou esse papo de dizer que me ama.

Pára de falar besteiras,

Pára de dizer que gosta de mim,

Pára de me vingar amor eterno.

Você não cansa de me indagar a palavra e dizer incaricidamente que precisa de mim.

Que humilhação a sua sentir tantos amores bestas como este que falas tanto.

Droga, será que você não vê que odeio tudo que venha de ti, odeio a sua cara de trouxa quando te vejo no outro dia, que espero já ir acabando...

Odeio essa sua baba morfética de mofo mofado.

Tira essa mão escabrosa de mim, esse dedinho miúdo do meu cabelo.

Pior é esse cheirinho de naftalina que tem sua boca, parece que escovou o dente trinta vezes antes de me ver, parece que passou desinfetante eucalipto nela.

Não me mande mais essas cartas violentas dizendo que me amas. Eu odeio romantismo, odeio você, odeio tudo que venha de você. Eu já disse.

E quando ler isto saiba que o meu cartão do dia da mentira esta na primeira gaveta.

Eu te amo.