Não era a primeira vez que Eu presenciava aquela cena tão deprimente. Sofia era a mulher mais linda que eu já havia visto. Seus cabelos eram tão longos que meus mais contidos sonhos poderiam facilmente se perder por entre eles. E se assim fosse; ah, se assim fosse, não faria a mínima questão em encontrá-los.
Coragem de chegar mais perto? Sempre foi um ímpeto a conquistar. Esse momento louco, e às vezes tolo, de incutir cultura em nossas vidas e rastejar nas tradições de outrora, me fizeram pensar mil, duas mil vezes naquela mísera aliança em seu dedo esquerdo.
Mas, o que faria uma mulher comprometida chorar por tanto tempo, todos os dias, naquele mesmo lugar, em frente a uma pequenina fonte?
E que fonte!
Insistia ela, em chorar também, a cada lágrima derramada por Sofia, um jorrar de águas cristalinas pairavam por alguns segundos, desvirginando o pesado ar, da tristeza daquela linda mulher.
E Eu, naquele breve instante, imaginava um barco a navegar, com a minha amada; Sofia. De rosto branco e jovial, tal qual sereia que embebesse os tripulantes das embarcações, precipitando as suas almas pelo vasto, e fundo mar.
Estava ali, então, a decisão, do meu direito, de Amar.
E tomado por uma cega loucura de paixão, cheguei mais perto, e não sabia como segurar a emoção, pois com Sofia, eram somente acenos ao longe. Nunca, nunca mesmo, um só sorriso, um só olhar. A sua voz era tão linda e somente a conseguia ouvir algumas poucas vezes, quando ela respondia alguma pergunta tentando esboçar um sorriso ao conversar com alguma amiga.
Estava ali, e agora não poderia mais recuar. Desejava aquele momento mais do que tudo em minha vida, mesmo sabendo que ele poderia durar tão pouco. Só dependia de mim, das atitudes imediatas que tomaria.
Então, cheguei mais perto;
_Olá...Não pude deixar de notar que choras, e não somente agora, mas todos os dias no mesmo lugar. Desculpe-me a intromissão, mas uma jovem tão bela sem um sorriso no rosto é capaz de chamar a atenção do mundo.
Um olhar de soslaio em minha direção deixou-me gélido!
Nada disse, olhou para o céu, algo inconformada e levou ambas as mãos ao rosto, caindo em pranto como nunca havia feito antes.
_Não resisti e entreguei-me ao momento. Passou pela minha mente abraçá-la, mas aquela sórdida e imbecil tradição, que nos mostra só pecado e castigo, me impediram por segundos. Não resiste e toquei-a. Aquela pele alva e macia.
Ela virou-se então!
_Por que ligas tanto assim para a minha situação? Não te conheço, apenas te cumprimento nas manhãs por estar sempre por perto, talvez trabalhar por aqui.
_Você disse tudo; estou sempre por perto e fico feliz por ter notado. Sabe, uma das coisas que enxerguei de longe foi a sua aliança de casada, e sempre me contive a uma aproximação. Meus pensamentos não, pois iam além deste pequeno lugar, levando somente Eu, você e aquela linda água a jorrar da fonte. Um belo adorno que vivificaria as cores de minha Nau, ali, bem no meio do oceano azul.
_Você fala bem, palavras bonitas, que eu já ouvi antes, de um homem, este mesmo que me faz chorar por tantos dias afim.
_Ele te maltrata?
_Ele se foi!
_Te abandonou?
_Sim, podemos dizer que sim. Deixou a ambas!
_Ambas?
Continua...
Coragem de chegar mais perto? Sempre foi um ímpeto a conquistar. Esse momento louco, e às vezes tolo, de incutir cultura em nossas vidas e rastejar nas tradições de outrora, me fizeram pensar mil, duas mil vezes naquela mísera aliança em seu dedo esquerdo.
Mas, o que faria uma mulher comprometida chorar por tanto tempo, todos os dias, naquele mesmo lugar, em frente a uma pequenina fonte?
E que fonte!
Insistia ela, em chorar também, a cada lágrima derramada por Sofia, um jorrar de águas cristalinas pairavam por alguns segundos, desvirginando o pesado ar, da tristeza daquela linda mulher.
E Eu, naquele breve instante, imaginava um barco a navegar, com a minha amada; Sofia. De rosto branco e jovial, tal qual sereia que embebesse os tripulantes das embarcações, precipitando as suas almas pelo vasto, e fundo mar.
Estava ali, então, a decisão, do meu direito, de Amar.
E tomado por uma cega loucura de paixão, cheguei mais perto, e não sabia como segurar a emoção, pois com Sofia, eram somente acenos ao longe. Nunca, nunca mesmo, um só sorriso, um só olhar. A sua voz era tão linda e somente a conseguia ouvir algumas poucas vezes, quando ela respondia alguma pergunta tentando esboçar um sorriso ao conversar com alguma amiga.
Estava ali, e agora não poderia mais recuar. Desejava aquele momento mais do que tudo em minha vida, mesmo sabendo que ele poderia durar tão pouco. Só dependia de mim, das atitudes imediatas que tomaria.
Então, cheguei mais perto;
_Olá...Não pude deixar de notar que choras, e não somente agora, mas todos os dias no mesmo lugar. Desculpe-me a intromissão, mas uma jovem tão bela sem um sorriso no rosto é capaz de chamar a atenção do mundo.
Um olhar de soslaio em minha direção deixou-me gélido!
Nada disse, olhou para o céu, algo inconformada e levou ambas as mãos ao rosto, caindo em pranto como nunca havia feito antes.
_Não resisti e entreguei-me ao momento. Passou pela minha mente abraçá-la, mas aquela sórdida e imbecil tradição, que nos mostra só pecado e castigo, me impediram por segundos. Não resiste e toquei-a. Aquela pele alva e macia.
Ela virou-se então!
_Por que ligas tanto assim para a minha situação? Não te conheço, apenas te cumprimento nas manhãs por estar sempre por perto, talvez trabalhar por aqui.
_Você disse tudo; estou sempre por perto e fico feliz por ter notado. Sabe, uma das coisas que enxerguei de longe foi a sua aliança de casada, e sempre me contive a uma aproximação. Meus pensamentos não, pois iam além deste pequeno lugar, levando somente Eu, você e aquela linda água a jorrar da fonte. Um belo adorno que vivificaria as cores de minha Nau, ali, bem no meio do oceano azul.
_Você fala bem, palavras bonitas, que eu já ouvi antes, de um homem, este mesmo que me faz chorar por tantos dias afim.
_Ele te maltrata?
_Ele se foi!
_Te abandonou?
_Sim, podemos dizer que sim. Deixou a ambas!
_Ambas?
Continua...