Aos Escritores (Carta I)
Aos Escritores ()
Eu posso prever o futuro de alguns poucos homens,
o infortúnio de muitos em cada decadência, loucura, entre tanta ignorância.
Posso prever o final de uma raça, que, por possuir a capacidade de aprender,
usa sua inteligência e intelecto para seu próprio egoísmo.
O futuro é incerto...
Os que nascem hoje, são furtados de suas origens, sem base solida a família degrada-se, é corrompida e a desculpa...
O sistema, o governo, e, a má condição de vida.
Somos frutos da nossa arrogância, somos parte de um universo decadente, onde poucos conseguem isolar-se e escrevem para diluir a dor que tanto insiste em alojar-se no peito.
Estes homens... Escritores, morrem a cada pensamento, cada livro, frase ou simples palavra, tornaram-se eternos na memória de quem por acaso, luta para ser diferente em seu meio.
Posso prever desastres, o fim do ser humano, mas, não posso prever o pensamento edificado de alguém que sozinho como estou agora, contempla e tenta entender o mundo ao seu redor, com uma simples caneta, procura abrir a mente de outros homens a fim de fazer o amor entre as pessoas brotar, juntas caminhar e construir um novo universo, uma nova vida de harmonia e paz entre eles.
Texto: Aos Escritores (Carta I)
Autor: Osvaldo Rocha
Data: 30/06/1996