Muchas Gracias
Obrigado
Ano passado, lá por janeiro, ou quem sabe fevereiro, conheci um mexicano. Mexicano mesmo, nascido e criado no México. Conversa vai, conversa vem, eu me defendo no inglês, ele melhor do que eu, espanhol para mim é nome de galeão, o caso é que, no frigir dos ovos, ficamos amigos.
Uma das melhores coisas que vem junto com a amizade é a troca. Longe de ser a troca sobre a população e costumes dos nossos países, ou com quantos paus se faz uma canoa, ou qual a extensão territorial de um metro cúbico de areial, seja nos arrabaldes de Acapulco, seja na periferia da baixada. A troca, no caso, foi a da linguagem universal, ainda que às vezes obstruída pelas gramáticas da linguagem da terra natal, posso dizer que o encontro cumpriu seu ideal. Resumindo em miúdos, ambas as sabedorias se encontraram e com certeza se cumprimentaram. A minha, no caso, parca e sem prumo, a dele, farta e com rumo. Segue abaixo, alguns dos rubis que colhi deste encontro.
1. Os passeios por São Paulo, segundo a ótica dele, revelando a minha cidade através da percepção de um coração nascido em Nogales.
2. Um dia ele me disse: “ a diferença entre a esperteza e a inteligência, é que a inteligência tem bondade”.
3. Outra coisa que ele vivia dizindo: “obrigado por ser meu amigo.”
Tomás é o nome dele, que repartiu comigo infinita sapiência, que agora não é o caso de desfiar tamanha magnificência, pois muito aqui poderia ser dito.
Resta apenas, com todas as consoantes e vogais, manifestar o fruto do encontro.
Obrigado, Tomás, por ser meu amigo.