Meu Querido Pai

Faz algum tempo que você partiu, mas quero que saiba que sempre estará presente em minha vida. Afinal, tenho muito de você.

Nessa época de Natal, a saudade bate ainda mais forte. Vem as lembranças das noites de Natal, a sua presença marcante, que mesmo calado, não conseguia esconder a alegria de ter a família em torno da mesa. Você sempre lembrava das pessoas que não tinham o que comer e passavam necessidades. Hoje eu sei porque acho o Natal um pouco triste. Mas não importa. Você me ensinou que devemos ajudar aos necessitados.

Hoje, quando assistia a televisão e acariciava os cabelos do meu filho,a textura, o brilho dos cabelos dele, me fez lembrar os seus. Voltei a ser criança nas tarde em que penteava os seus cabelos e ficava longas horas ao seu lado enquanto lia o Jornal do Brasil. Sabe, senti o seu calor, a sua presença. Meus olhos se encheram de lágrimas. Uma saudade gostosa tomou conta de mim. Fiquei feliz em sentir você tão intenso em meu coração.

Pai, agora entendo a frase de Adélia Prado: “ O que a memória amou fica eterno”.

Por tudo , muito obrigado.

Beijos do seu filho,

Roberto

Roberto Passos do Amaral Pereira
Enviado por Roberto Passos do Amaral Pereira em 18/12/2005
Reeditado em 19/12/2005
Código do texto: T88003