À NORMA

Queria escrever-lhe algo e depois de muito pensar no que eu deveria escrever-lhe, resolvi falar o que me viesse à cabeça.

Elaborei mil ardis e meios para poder escrever-lhe, porém todos foram fracassos.

Senti que tinha que deixar de vê-la, mas quando não a via, sentia solidão e uma vontade louca de vê-la impelia-me a você. Pensei que poderia estar louco, entretanto creio que seja uma das melhores loucuras que existem: fazer o que se deseja.Sabia que seria difícil fazê-la me entender, mesmo assim arrisquei.

Procuro nos desencontros, encontrá-la. E, quando penso encontrá-la falta-me coragem para vê-la.

Afinal o que quero? Sinceramente ainda não sei...

A cada novo encontro, um desencontro maior que nos separa e nessa separação sinto-a ao meu lado com sua voz doce e suave.

Enfim, encontro-me na confusão da vida, criada por mim. Hoje não a vi na faculdade, azar meu ou mesmo seu.

Quando minhas aulas se desencontram das suas, sinto-me triste, pois isto, afinal, é o que se paga por não ser visto ou ouvido.

Sei, no entanto, que ainda haverá o nosso dia. Um dia qualquer, ,dentro dos muitos que passam.

Surgirá, tenho certeza, m embora ainda não saiba quando nem mesmo você.Só sabemos aquilo que vemos e ouvimos, o resto são apenas suposições.

Triste é a suposição.

Supor que se sabe, que não se conhece é o mesmo que não se conhecer.

Procuras.

E quando achamos que estamos perto do alvo desejado, ele se afasta mais, mais e mais...

VEM. 03/03/72-

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 15/12/2005
Reeditado em 10/04/2009
Código do texto: T86460