* Imagem - www.olhares.com
Luz dos meus dias,
Eu te chamo em tantos momentos e você sempre vem. Estamos sempre assim, tão perto e tão longe. Mas como você mesma diz, perto é uma questão de sentir. Então, se te sinto perto, perto você está. Perto ou longe, é você a minha fortaleza, o meu porto seguro. É pra você que corro todas as vezes que as tempestades da vida me assustam. Em ti me fortaleço e renasço a cada dia. Minha alma busca abrigo na sua e meu coração encontra alento no seu. Sei que você admira a escritora em potencial que habita meu ser, mas sei também que você ama a menina que ainda mora em mim e sem querer, deixo que ela escape do mundo adulto para correr ao encontro da fantasia. Por isso mesmo, hoje te peço para cuidar da minha menina que pensou saber tanto dessa vida e de tanto se aventurar, caiu nas armadilhas de algo que um dia acreditou que fosse amor.
Hoje maezinha, eu vim sem armas e sem defesas. A coragem já não é mais minha companheira. Agora um medo se instalou dentro de mim, tomou posse de todo o meu ser. Medo grande, daqueles que perseguem o sono e roubam a paz. Ô minha luz, quisera poder por um momento estar em teus braços, sentir o embalo do teu abraço. Eu queria tanto entender. Por que me fogem as respostas? Por que me faltam as forças? Por que me restou tanta dor?
Mãe, por onde é que a gente começa a reconstruir o castelo? Quem vai ajudar a fazer os curativos? E agora? Quem vai cuidar das feridas? Conta pra mim. Deixa eu entender dessa coisa chamada recomeço. Será que meus olhos ainda se deixarão encantar com o efêmero, com o inesperado? Quisera poder ter sua mão pra segurar e saber que o caminho se reconstrói sem pressa. E o que é que eu falo pra saudade, quando bater à minha porta, trazendo a solidão por companheira? E esse vazio que tanto me assusta? E ainda tem esse silêncio que chegou sem ser convidado. A vida nunca me ensinou a conversar com o silêncio. Que idioma ele fala? O que é que faço com as lembranças que resurgem a todo instante? E essas lágrimas? Por que insistem em se mostrar, em se fazer presença constante no meu rosto? Por que é que dói tanto mãezinha, por quê? Aonde dói? Em cada parte do meu ser. E eu que brinquei de ser menina grande, só queria nesse momento ficar pequenina e leve feito pluma, só pra caber no seu colo e esquecer do mundo lá fora.
Luz dos meus dias,
Eu te chamo em tantos momentos e você sempre vem. Estamos sempre assim, tão perto e tão longe. Mas como você mesma diz, perto é uma questão de sentir. Então, se te sinto perto, perto você está. Perto ou longe, é você a minha fortaleza, o meu porto seguro. É pra você que corro todas as vezes que as tempestades da vida me assustam. Em ti me fortaleço e renasço a cada dia. Minha alma busca abrigo na sua e meu coração encontra alento no seu. Sei que você admira a escritora em potencial que habita meu ser, mas sei também que você ama a menina que ainda mora em mim e sem querer, deixo que ela escape do mundo adulto para correr ao encontro da fantasia. Por isso mesmo, hoje te peço para cuidar da minha menina que pensou saber tanto dessa vida e de tanto se aventurar, caiu nas armadilhas de algo que um dia acreditou que fosse amor.
Hoje maezinha, eu vim sem armas e sem defesas. A coragem já não é mais minha companheira. Agora um medo se instalou dentro de mim, tomou posse de todo o meu ser. Medo grande, daqueles que perseguem o sono e roubam a paz. Ô minha luz, quisera poder por um momento estar em teus braços, sentir o embalo do teu abraço. Eu queria tanto entender. Por que me fogem as respostas? Por que me faltam as forças? Por que me restou tanta dor?
Mãe, por onde é que a gente começa a reconstruir o castelo? Quem vai ajudar a fazer os curativos? E agora? Quem vai cuidar das feridas? Conta pra mim. Deixa eu entender dessa coisa chamada recomeço. Será que meus olhos ainda se deixarão encantar com o efêmero, com o inesperado? Quisera poder ter sua mão pra segurar e saber que o caminho se reconstrói sem pressa. E o que é que eu falo pra saudade, quando bater à minha porta, trazendo a solidão por companheira? E esse vazio que tanto me assusta? E ainda tem esse silêncio que chegou sem ser convidado. A vida nunca me ensinou a conversar com o silêncio. Que idioma ele fala? O que é que faço com as lembranças que resurgem a todo instante? E essas lágrimas? Por que insistem em se mostrar, em se fazer presença constante no meu rosto? Por que é que dói tanto mãezinha, por quê? Aonde dói? Em cada parte do meu ser. E eu que brinquei de ser menina grande, só queria nesse momento ficar pequenina e leve feito pluma, só pra caber no seu colo e esquecer do mundo lá fora.
Quisera hoje no teu colo adormecer. Lá fora, o frio do inverno congela minhas emoções, mas se por acaso o trovão ameaçar gritar, eu te suplico: Fica comigo até a tempestade passar? Só até a tempestade passar.
Boston, 07 de Fevereiro de 2008.
(Madrugada fria de Inverno)