CARTA DE DESPEDIDA

Leia com atenção essa carta que é portadora de sentimentos não correspondidos.

Ainda me restam lembranças do amor que ficou escondido na brisa do mar, no último beijo que minha boca pôde degustar. Lembranças, malditas lembranças...

O mar continua calmo e o meu coração despedaçado em prantos. A última faísca da fogueira se apagou, a minha alma continua vagando a tua procura. O tempo continua passando e os meus sentimentos de pouco em pouco estão se despedindo, o amor que corre em minha veias é tão forte que sinto vontade de escrever esta carta com sangue, talvez assim, você acreditasse que falo a verdade.

Ainda posso sentir o teu abraço que me envolvia em noites sombrias e geladas. Mais você me abandonou e meu corpo te procura, pois o inverno já chegou. E você tão distante continua tão próximo em meus pensamentos.

O meu amor ainda é teu, não sei até quando irá continuar assim. Estou ficando cansada, já não tenho tantas palavras para falar pra você. Mesmo depois de tantas declarações de amor, versos, poesias e fidelidade. Você mesmo assim desperdiçou, me desprezou e abusou de um sentimento que só eu seria capaz de te dar.

Lembra da flor que me deu? Ela brotou espinhos e pétalas murchas. O teu retrato já está roído de ratos e molhado de lágrimas que chorei recordando o passado. Lágrimas, malditas lágrimas... Que chorei quando me disse que me amava, que me exaltei quando fingiu que também chorava, quando me negou um pouco de carinho e me atirou pedras e espinhos.

Cartas, malditas cartas... Escrevi milhares de cartas transbordando de amor, mais esta é a última que escrevo pra me despedir de alguém que me fez chorar lágrimas de sangue. Mesmo me despedindo ainda te amo intensamente como o sol sem camada de ozônio.

Entre palavras embaralhadas, vou terminando esta carta. Sinto muito por ter te conhecido homem de utopia, fruto de imaginação ainda vaga em meu coração.

E nesse último parágrafo quero que você entenda que O AMOR É A MELODIA DA VIDA. Saudades que devasta, solidão que transborda, ainda batem na minha porta.

Adeus!!!

Thaise Pereira Vieira
Enviado por Thaise Pereira Vieira em 29/01/2008
Reeditado em 29/01/2008
Código do texto: T837199
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