QUIETUDE VENERÁVEL (DANIELE)

MISSIVA DE ORFEU:

MINHA INEBRIANTE PROMETIDA POÉTICA!

Como tens passado? Espero que esteja sempre bem, e com o seu sorriso que conduz-me à imensidão dos recantos existentes dentro do meu interior. Não sabes, o quanto demonstras ternura, esta inebriante doçura de substância a qual transborda o meu intelecto e, todas peculiaridades que meu ser carrega consigo. Renovas-me instantaneamente, com a cor de seus olhos, levando-me a confessar-me comigo: Que escritor e poeta, pode desejar mais, que estar envolta de uma aura tão intensa, quanto a sua? Pode este artista ser merecedor de sua amabilidade?!

Pois é, Daniele, a “prometida poética” da psicologia que emana por todo Rio Grande do Sul. Existem lábios tão serenos que nas serenatas, tocam como músicas clássicas, sem haver um regente? Não, não pode e nunca haverá de ter ninguém semelhante a ti, já que sois sim, a única mulher. A incomparável, a versão que não se pode copiar. Quisera eu ter dois segundos da tua presença aqui no meu Santuário. Esta Floripa que norteiam os pensamentos de um catarinense a sentir as lendas de sua própria ilha.

Fico desnorteado com suas madeixas. Como elas vibram! Será que ao vento sul, desenham teu rosto, marcando assim, as nuvens do céu, e as minhas odes? Acredito que é bem isso que sucede. Teces teus conteúdos com propriedade e, nisso, sou “domado” por sua maneira de fazer-me meditar a respeito. Quão mística sois que, sinto a energia oculta em sua pureza de “musa”, transpassando minha artéria temporal superficial, pulsando enlouquecida por teus traços tão distintos, no qual pego-me “abobalhado” por não compreender?

Dizem que “nem tudo que reluz é ouro”. Mas este ditado está enganado. Você é o ouro que cintila por onde caminhas, e talvez, seja inevitável o meu “encantamento” pela sua indescritível beleza. E por ela, sou nutrido em constância, uma vez que, aceitastes o meu convite de ser a aquela que dar condições necessárias para que haja a tal iluminação. Estou neste instante, inclinado a desenvolver uns versos nesta missiva. Sou o Orfeu das liras! O Orfeu do romantismo! O Orfeu da mitologia!

Enquanto suas mãos vão tocando-me a alma!

E cada parte dela vais deixando mais clarividente,

Que quando vejo-te ao cerrar meus olhos,

A respiração fica ofegante: é a sua quietude venerável.

Vou tentar ser menos intenso nas minhas anotações, mas é complicado demasiadamente, tendo como base sustentável, a prece entoada nas igrejas. Esta que não tem outro prenome que não seja o seu. Então, como ponderar certas escritas, se contemplo-te sem demora, nas vilas dos meus “absurdos” quando adentro? Mas, não negue sua veracidade a mim! É na sinceridade que tens, que reside a minha moral e ética. Quero que vens a saber, de antemão que, este ano, tornaste o meu “mar invisível”, no qual posso velejar, mesmo nas tempestades que aproximam-se.

Missiva de Orfeu -n.10 / n.04 de 2025.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 26/04/2025
Código do texto: T8318792
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.