Carta para a humanidade XXVI

A verdade nada é o que aparenta ser,

Mostrando-se contestável.

Em situações,

Que se transvestem de maquiagens,

Enfeitando-a de mentiras.

Agindo dissimulados,

Munidos de manipulações.

Fomentando a polarização,

Incendiando as massas.

Impondo ideias, as fakes news,

No ringue invisível.

Geram a discórdia,

Uns contra os outros.

Numa luta armada ou não,

Beirando o suprassumo da idiotice.

O psicólogico em contradição,

Perdendo a razão.

Quem foi que disse,

Que sairíamos ilesos,

Sem algum arranhão?

Corpos despedaçados,

Em meio à crescente violência.

Alimentando a energia do caos,

Sobrevivendo à deriva,

Por ai, de alguma nau.

O futuro é incerto na incongruência,

Da maldita clemência.

Lançando a mão de efeitos colossais,

Para impressionar os incrédulos.

Com suas performances teatrais,

Arrebatando montante de indivíduos.

Não importa a qualidade do raciocínio,

E sim, a quantidade de peças,

Nunca fecha esse quebra-cabeça.

Quanto menor exímios na arte do pensamento,

Será maior o divertimento.

Condicionados de um lado para o outro,

De qualquer maneira,

A submissão estampada.

De cabeças abaixadas,

Reprisando a velha ladainha.

Imensa fila indiana,

Como zumbis à passos lentos.

Chegando sempre no vil objetivo,

Enquanto, demonstram forças os algozes.

Na intensidade da escuridão,

Estão sempre mais velozes.

Qual será o ponto de ebulição,

Para entornar esse imenso caldeirão?

Desfazendo o mal feito,

Dissolvendo os relevos.

Intensificando a utopia dos sonhadores,

Revelando os delatores.

Não há como prever os próximos movimentos,

Na inércia de dias ímpares.

A efervescência do inacreditável,

Dispensando o que é real.

Na proeminência do sobrenatural,

Contradizendo a salvação.

A morte súbita,

Ou a passagem para outra vida.

Os poderosos escolhem nos deixar de mãos atadas,

Seguindo pela velha estrada.

Feito bois de piranhas,

Vagando às cegas.

Cessando à mercê do primeiro projétil,

Sem nos precavermos,

Ou realizando a auto defesa.

Na realidade,

Divididos em ilustrados arquivos.

Intitulados os dispensáveis,

Como indispensáveis somos a pequena minoria.

Tratados como gados, o alimento.

Nem sempre cai a ficha,

Mas se tomba um corpo ao chão.

Servindo como a densa iguaria,

Gerando traumas e confusões.

Apenas mais um número na estatística,

Derramando o sangue.

O sacrifício da vida,

Até quando estaremos sujeitos?

O corpo físico,

A terceira dimensão.

Onde somos cultivados,

Sem o menor interesse da ascensão.

Há quem desperte –

Tentando escapar da infelicidade.

Iluminando o âmago,

Fugindo da remota escuridão.

Não há falhas,

São jogos de interesses.

Subjugando o outro em troca de poder,

Atendendo à desejos nefastos.

Satisfazendo-se sob a vontade alheia,

Importunando com a dor,

Decorrente do sadismo.

A crescente derrocada da sensação de paz,

Na iminência mais ameaçada.

Até quando suportaremos tais demandas?

A população de bem realizando as cobranças.

Não ecoam as vozes,

Não há ressonância.

Os Estados,

Representantes de governos ocultos,

Incitando a implicância.

Com quantas vidas se constrói a comunhão?

Um mundo novo e repleto de harmonia,

No presente, as ameaças da supremacia.

A esperança se renova com o amanhecer de mais um dia,

De vencermos com galhardia.

***

Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 26/04/2025
Código do texto: T8318461
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