CARTA DE UMA SENHORA QUE PARTIU E GANHOU UMA MORADA NO PARAÍSO

# ESTE TEXTO NADA MAIS É UM DO QUE UM FRUTO DE MINHA IMAGINAÇÃO.

A FIM DE MINIMIZAR O TERROR QUE MUITOS DE NÓS TEMOS DA MORTE, BUSQUEI TRAZER PARA MEUS

LEITORES UM CONTEÚDO COMOVENTE E, AO MESMO TEMPO, SENSÍVEL, DANDO UM POUCO DE

AMENIDADE AO CORAÇÃO DAS PESSOAS.

Paraíso, ........de.............de ...........

Queridos familiares, queridos amigos!

Finalmente Deus me chamou e tive que me apresentar a Ele. Hoje resolvi escrever para vocês para dizer-lhes que a saudade é grande, mas a alegria é maior, pois a morada que Deus me reservou aqui é maravilhosa e não poderia ser melhor. Esta carta tem como objetivo acalmar o coração de cada um, pedindo-lhes que fiquem em paz e levem a vida com dignidade, amando uns aos outros. Apesar de todas as dificuldades, sofrimentos e dores que enfrentei, quero expressar minha profunda gratidão pelo carinho que recebi durante todos os anos que estive na terra.

No dia 27 de fevereiro de 2025, chegou pois, a minha vez, após quase noventa e um anos, de me desligar da vida terrena e mudar-me definitivamente para o mundo espiritual. Naquele momento da madrugada, nos últimos segundos nos quais meu coração ainda batia, senti uma dor profunda no peito, a ponto de gritar e chorar. Percebi a presença de Deus me chamando e entreguei meu espírito a Ele. Vi o desespero de meus entes queridos que estavam perto de mim. No entanto, infelizmente, não foi possível dar um abraço de despedida em cada um. Agradeço o esforço que fizeram para me reanimar.

Às 4h30min do dia 27 de fevereiro, fui recebida carinhosamente pelo Pai Eterno, Deus Todo Poderoso, aqui no Paraíso. Com Ele estavam, com esplendor e glória, Jesus Cristo e sua mãe, Maria Santíssima. Foi para mim um momento de muita alegria. Jamais imaginava, quando estava na terra, passar por um momento tão deslumbrante. Durante minha vida na terra, não tinha medo da morte... Constatei, pois, que, realmente, não devia ter medo dela, principalmente por acreditar em um Deus misericordioso que criou todas as coisas.

Com ternura de mãe, Nossa Senhora me abraçou com muito amor e foi logo me dizendo que conhecia toda a trajetória de minha vida na terra: meus sofrimentos, minhas dores, amarguras, perdas, decepções, problemas familiares etc. etc. Disse-me ela que tudo aquilo ficara para trás. A partir de então, nova vida estava começando. Senti-me mais segura e tranquila. Deu-me o exemplo da perda de seu filho Jesus Cristo que morrera assassinado, pregado em uma cruz. Mas que, após três dias, ressuscitara. O sorriso e a paz que ela me transmitiu não tenho como descrever. Caminhamos juntas por todo o paraíso. Encontrei várias pessoas de nossa família que há anos chegaram aqui. De cada uma delas recebi um abraço carinhoso de boas-vindas. Não foram poucos os abraços. Em especial de minha mãe e de meus dois filhos, Mingo e Antônio, que, recentemente, alcançaram este lugar. Emocionados, demonstraram uma alegria muito grande.

Queridos filhos, netos, bisnetos e bisnetas, amigos e amigas, não posso deixar de falar um pouco de como é aqui. Não existe noite. Há uma luz constante, resplandecente. Não existe doença. Não há choro. Não há lágrimas. A vida eterna, como sempre ouvi falar, quando estava na terra, e não compreendia, é algo fascinante. Há belos jardins, com flores de todas as espécies. Passarinhos, aos montes. Regatos com águas cristalinas. Relógio...?Calendário...? Nem pensar.

Para concluir, deixo aqui meu carinhoso abraço, citando uma belíssima reflexão de Santo Agostinho sobre a morte:

“A morte não é nada. Apenas fiz a passagem para o outro lado: é como se estivesse escondido no quarto ao lado. Eu sempre serei eu e tu serás sempre tu. O que éramos antes um para o outro o somos ainda.”

Com carinho e amor,

Ana Diniz Rocha

LUIZ GONZAGA PEREIRA DE SOUZA
Enviado por LUIZ GONZAGA PEREIRA DE SOUZA em 24/03/2025
Reeditado em 31/03/2025
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