O canto do bem te vi
O Canto do Bem-Te-Vi
Em um dia nublado pelo adeus e saudade,
O silêncio pesava na eternidade.
No quarto solitário, a lágrima escorria,
Enquanto a memória materna se fazia.
Foi quando o tempo, em compaixão serena,
Soprou na janela uma cena amena.
Entre as folhas, veio um bem-te-vi,
Com o olhar de quem sabe o que está por vir.
Seu canto suave rompeu o lamento,
E trouxe à dor um novo alento.
Paz se espalhou como vento leve,
Cobrindo o vazio que antes era breve.
Agora, em pele gravada está a canção,
No antebraço e no ombro, uma comunhão.
Lembrança eterna de asas e voz,
Guardando a mensagem que cura e traz nós.
Bem-te-vi, símbolo do infinito instante,
Onde o amor, mesmo ausente, é constante.
Feliep Castagna