Feliz 2025. Singela mensagem de reflexão para o Natal.

 

Eu sei que viver é coisa para artesãos, assim como perdoar é coisa para evoluídos, iniciados na fé, mas também vejo, atentamente, os que se travestem em certos embustes; coisa para hipócritas, e fica a certeza que amar é dadiva, coisa para humanos, demasiadamente humanos.

 

Eu entendo que há sempre uma boa nova, que ninguém, se quer ouviu, tampouco viu, mas já sentiu, ou pelo menos, ensejou querer. Haverá de sentir, basta esmiuçar.

 

- Os anos, agora, digo; a pouco tempo, nesse tempo corrido que temos, sobressaltam-nos, correm, voam, se modificam tão depressa, são tão fulgidos (...).

 

- De cá os observo, refiro-me aos anos, é claro!

 

Os compromissos são tantos que falta até tempo para viver. Ledo engano, esse nosso, pueril, mas de boa-fé (bona fide), quiçá sejamos vencedores. Seremos. – Já somos! Nascemos, então somos.

 

Natal, coisa secreta, guardada e desvendada todos os anos, não se a propaganda que nos fisga, lhe dessegreda, alardeando que há uma saída, um cartão de crédito à espreita, esperando pra ser testado, um dinheiro a mais, que o comércio entende ser seu, não por direito, mas por renitência.

Natal, coisa de consumo, quanto mais brilhante melhor. - Que haja luz, não a do gênesis 1:3-5, isso nem sempre importa, mas a de led, fria e profícua, a quem lhe detém.

 

Houve, há dois mil anos atrás, quem duvidasse de um rabino, de um Messias, a quem não quiseram reconhecer, porque a vida, que ainda não era tão apressada, não podia ser interrompida, mesmo com a vivacidade da pregação de uma alma pura, e o mundo, ou pelo menos parte do oriente se dividiu entre quem creu¹ e não creu¹ e a vida passou, sem chance de reparação.

 

Não havia dificuldades em compreendê-lo, ele era certeiro, direto, mas que falava por parábolas. Aos que com ele conviveram, que foram homens e mulheres de seu tempo, deram testemunho integral; que ali, habitava, antes de qualquer coisa, um homem santo, justo, coerente, amoroso e verdadeiro. Metade desses adjetivos seriam suficientes para salvar a humanidade, ou uma vida, uma que fosse. E isso se afirma no dizer do próprio Talmud (livro santo para os Judeus); “Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro”.

 

Um Cristo. Um proposito, um reino incompreendido, uma missão tão dura, uma dor profunda. O peso do mundo nas costas, nas mãos no corpo todo, na cabeça, na alma e, ainda assim, uma forma de prezar por tudo, zelar e amar a tudo, a todos. No dizer de Erasmo e Roberto na canção popular; O homem, álbum de 1973:

 

                   (..)

Tudo que aqui Ele deixou

Não passou e vai sempre existir

Flores nos lugares (em) que pisou

E o caminho certo pra seguir

                    (...)

 

Penso mesmo que viver continua sendo coisa para artesões, burilando suas obras, buscando os mínimos detalhes, o ajuste fino, melhorando sempre e, o perdão dos evoluídos salta aos olhos de belo que é, ao passo que a carreira dos hipócritas tem prazo definido. - Cuidemos uns dos outros, escolhamos a vida, sempre!

 

Façamos todos uma prece, alvissareira, pela proteção integral do Brasil. Façamos uma prece pelo mundo e contra seus conflitos; guerras genocidas que liquidam homens, mulheres e crianças. Que o nosso Deus, pai de bondade nos acolha em sua infinita misericórdia. Que o Cristo, nossa alegria, intervenha de forma definitiva contra a proposta dos poderosos de pôr a termo o planeta.

 

P.N    A.M

 

Taciano Minervino,

Jaboatão, PE 13.12.2024

 

 

¹ - Pretérito perfeito do indicativo

 

 

 

 

Taciano Minervino
Enviado por Taciano Minervino em 17/12/2024
Reeditado em 17/12/2024
Código do texto: T8221346
Classificação de conteúdo: seguro