LÉO (POEMA)
Eh, moreno pardo,
Tão belo e ingrato.
O porquê de toda essa ingratidão,
Ao meu nobre e tão coitado coração?
Por que me maltratas tanto assim,
Até parece que não compadece de mim!
Por que se alegra em enjaular na solidão?
Não ouviu falar das fraquezas do coração?
O coração não é de ferro,
Ainda mais quando de ti nada supero.
Tu és feliz por me ver assim?
Tenha dó de mim!
Não sou mal para me tratares assim.
O meu nobre e coitado coração,
Não merece tua incansável ingratidão.
Para que tanta solidão,
Se lá no fundo só bastar dar-me a sua infinita solução.