Saudade ainda não tem tradução
O tempo é relativo: um ano pode ser uma eternidade, sete anos podem se desmoronar em um segundo. Mas, qual é o padrão? O padrão talvez seja justamente não ter padrão. Seguimos.
Quando se ama, tudo é diferente: tudo tem mais cor, tudo tem mais vida, tudo tem mais sabor; cada detalhe importa. Hoje, as coisas costumam ser mais vazias e solitárias. Infelizmente, não encontrei uma saída ainda. E tentei, olha que tentei.
Já fui o Don Juan, já fui o alcoólatra, já fui o comilão: nada adiantou. A saudade ainda segue gritando mais alto nesse intenso vazio, nesse intenso desespero.
É triste saber que talvez eu tenha perdido o amor da minha vida. Sim, você é o amor da minha vida. Sabe disso porque eu já lhe disse, mas eu que demorei um pouco demais para saber. Infelizmente.
Em algum lugar do tempo ainda estamos juntos; pena que não no hoje, pena que não no presente. Oro por você todos os dias e tenho certeza que Deus vai lhe abençoar muito e você será feliz; afinal, o plano sempre fora este.
Eu tinha tanto para falar, mas vou me guardar para o silêncio. Saudade realmente não tem tradução e nada representou melhor isso em toda a minha vida do que sua dança, com toda a leveza do mundo.
Você resgatou em mim um amor que nem eu sabia que ainda podia existir; você enxergou em mim partes que eu nem sabia que estavam aqui. Pena que você levou uma parte de mim. A melhor parte: você.
Pode ter certeza que em cada música, em cada letra, em cada apresentação: sempre haverá um pouco de você. Pode ser em uma música, pode ser em um discurso, pode ser em uma lágrima: você nunca sairá de mim.
Amores eternos? Eu era um mero tolo: você é o amor da minha vida! Enquanto eu não puder, Deus vai cuidar de você por mim. E se por acaso um dia o meu coração parar e eu não puder me despedir: lembre-se todo dia que ele foi sempre todo seu.