Carta para a humanidade XXI
Com o passar dos tempos –
Dos anos aqui na Terra –
Ou o seu humano aprende,
Ou se afunda na própria ambição.
Com o ego moldando -
Cada parte de sua existência.
Entretanto, chegará o momento da cobrança,
O qual não saberemos como se dará.
A passagem por aqui é uma incógnita,
Como o abrir e o fechar da porta.
Que invisivelmente está à nossa frente,
Mas somos incapazes de enxerga-la.
Em compensação,
Por meios inapropriados,
Torna-se inexperiência.
Não mudando a sua trajetória,
Agindo de maneira compulsória.
Adormecidos pela tormenta,
Tão devastadora,
Quanto ao pior evento climático.
A tecnologia mal utilizada,
Esta seria um ótimo armamento para a defesa.
Usada de modo equivocado,
Com os seus recursos,
Não apenas dilacerando vidas inocentes –
Mas destruindo o seu habitat.
Não se compadecem com o sofrimento e a agonia,
É a máxima:
“Quanto mais se tem, mais querem,”
Difundindo o ódio e a soberba.
Quanto tempo mais suportaremos toda essa pressão, exercida em nossas mentes?
Espalhando o caos –
Petrificando os argumentos –
Respaldo para os erros,
A verdade descendo ladeira abaixo,
Sem nenhum ato de defesa.
Contribuindo para uma vivência equivocada,
Excluindo o que não era para ser de verdade.
Indústria de mentiras,
Falsas acusações.
Quantas pedras no caminho?
Quantas mais nos sapatos?
Furados ou pés descalços,
A mercê de cairmos novamente.
Colocando-nos de joelhos,
Em prol de que?
Se nada é garantia –
Nesta longa jornada.
Qual futuro teremos?
Se ele está lá,
Aguardando bem à nossa frente –
Repleto de surpresas convidativas,
Mostrando-nos que vale à pena todos os segundos,
De está lutando por algo.
Se cada um de nós contribuirmos para que aconteça,
Abrirá-se-a a cortina das novidades.
Do contrário, só avistaremos a devastação,
Em meio à desolação.
E quanto aos que ficarem?
E quanto aos que restarem?
Como será as suas vidas?
Como sobreviverão?
Já passou o momento de refletirmos,
E partirmos para a ação.
Palavras são o auxílio,
Mas se não transmutarmos para a atitude –
De tomarmos as rédeas,
Seremos mais do que poeira de estrelas.
Transformaremos tudo,
Principalmente, reduzir-nos-emos em cinzas.
O pó vagando pelo horizonte,
Através da ação dos ventos.
Não basta desejarmos o melhor para o Planeta,
E não colocarmos em prática.
O Estado governa em benefício próprio,
No empenho de angariar mais impostos.
Enquanto, a Terra é devastada,
Enquanto, vidas são ceifadas,
De forma indireta,
Pouco à pouco,
Em decorrência da poluição,
Plena calamidade.
Desejo de coração,
Que em algum momento,
Possamos transparecer outra realidade,
De empatia e cooperação -
Gerando gestos concretos de harmonização.
A paisagem acinzentada,
De espaço para o verde apoteótico da Natureza –
Espalhando rara beleza.
Com total esplendor,
O Planeta Terra -
Seja transformado em Amor.
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