CONSCIÊNCIA NEGRA - POESIA DE ACQUACURY DE RATANABÁ

Na negra eu vejo uma branca,

Na branca eu vejo uma escura,

Uma que me encanta com sua ternura,

A outra que com seu jeito me espanta;

Refiro a negra de alma tão santa,

E a branca que me esconjura,

Uma me trata com tanta doçura,

A outra com sua língua me espanca;

Mas se a negra provoca a branca,

E a branca não faz cara dura,

A primeira deixou de ser pura,

A segunda passou a ser santa;

A cor não define a qualidade,

Ser ou deixar de ser boa,

Depende de cada pessoa,

Depende da integridade;

Os negros têm a sua cultura,

Os brancos têm a sua também,

Cada qual preserve o que tem,

Mantendo-se sua postura;

Que os negros considerem aos brancos,

Que os brancos não desprezem aos negros,

É melhor que vivam em sossego,

Não aos trancos e barrancos.

AcquaCury de Ratanabá

AcquaCury WebSniper
Enviado por AcquaCury WebSniper em 20/11/2024
Código do texto: T8201156
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.