Carta para a humanidade XVIII
O que nos resta para os próximos dias,
Se continuarmos a agir da maneira de sempre?
- Não sei o que realizamos para tal feito.
Como?
Destruindo a tudo,
E à todos que encontramos pela frente.
Em algum momento, não sobrará nada!
Nem mesmo um fio de esperança para a reconstrução.
O ser humano é perverso,
Com traços de psicopatia.
Possuímos a triste mania de queimar,
E dilaceramos tudo!
A engrenagem da destruição,
Nunca cessa de se movimentar.
Não importa quantas vidas,
Ou a quantidade de sangue a jorrar pela sarjeta.
Desde o início da história,
Vestimo-nos de rolo compressores.
Esmagando pequenos seres,
Destruindo lares,
Desmatando e devastando florestas –
Transformando-as cinzas,
Cemitério a céu aberto.
Pelas leis da ordem e do progresso,
Cultivando a poluição, gás carbônico.
Não se preocupe,
Teremos máscaras e cilindros de oxigênio,
Suficiente para todos?
Claro que não!
As classes abastadas favorecidas,
Que queimarão milhões de cédulas -
Em troco de nada,
Ou por um pouco mais de vida.
Pouco à pouco entramos na rota da extinção,
Governos fascistas –
Agindo piores do que os animais.
A humanidade –
Passou do patamar da irracionalidade,
Há muito tempo,
Só não enxerga quem não quer.
Peles redes sociais,
Comportamento cada vez mais idiotizados.
A quem prevalece tudo isso?
Manipulados –
Atrás de fake news.
Acreditam –
Aceitam –
O que já vem regurgitado.
A manivela do pensamento –
Enferrujada.
Massa encefálica branca –
Ao bel prazer sovada.
Permitem chafurdar no lamaçal,
De olhos vendados –
Caminhando para a beira do precipício,
Contentando-se com pouco.
Caindo no conceito,
De maneiras abissais.
Para quê se preocupar?
Ou se dar ao trabalho?
Munidos pela ignorância,
Arrotando ataques desnecessários.
Transmutam o essencial,
Em um completo nada.
Devorando-nos iguais à lobos famintos,
Voltando-se contra os seus –
Acreditam que não há limites.
Simplesmente,
Moldamos um futuro incerto,
Com as ferramentas em decadência.
Sem o menor rancor,
Impondo o pavor.
Salvam-se algumas exceções,
Caminhando na contramão.
Iluminando a consciência,
Refazendo os passos.
Um a um –
Emitindo a transparência.
Não importa o que aconteça,
Os dias estão contados.
A intenção é que a humanidade pereça,
Em meio à reestruturação do caos.
Estamos no meio de um turbilhão,
No olho do furacão.
Um lugar onde as palavras são jogadas ao vento,
O que prevalecem são as atitudes.
Mesmo que haja um final drástico,
Manter a mente aberta –
Levará-nos-a à outros patamares,
Por Infinitas dimensões -
Por sutis ares.
***
Blog Poesia Translúcida